sábado, 16 de outubro de 2010

Líderes do mercado apontam tendências e desafios

Por Pedro Duarte

O mercado brasileiro de seguros passa por uma fase de excelentes resultados, mas há desafios pela frente, que precisam do esforço conjunto de todos os agentes da cadeia produtiva para tornar sustentáveis os resultados positivos de hoje. Essa foi uma das principais conclusões do “Painel Seguradoras: Tendências!”, realizado durante o XIV Conec.

O encontro, que reuniu representantes da Bradesco Seguros, Mapfre, Porto Seguro e SulAmérica, aconteceu no dia 9 de outubro, no Auditório Wolfgang Siebner do Palácio das Convenções do Anhembi, em São Paulo.

O presidente da Bradesco Seguros e Previdência, Marco Antonio Rossi, afirmou que o momento é de atrair os 30 milhões de novos consumidores da classe C para que se tornem consumidores de seguros.

“O Brasil é atualmente um dos países com menor taxa de desemprego do mundo e tivemos, nos últimos anos, o nascimento de mais de 4 milhões de pequenas e médias empresas”, acrescentou Rossi.

Para o executivo, o mercado deve trabalhar para atender as necessidades desse imenso contingente de pessoas e organizações, convencendo-as da importância de adquirir proteção por meio dos produtos oferecidos à população e às empresas.

O vice-presidente da Mapfre Seguros, Dirceu Tiegs, enfocou a importância de regulamentar o microsseguro. “Segundo a Fundação Getúlio Vargas, o mercado para produtos mais simples e de fácil contratação é superior a 90 milhões de clientes”, acrescentou.

Numa visão de futuro, Tiegs reforçou que os desafios são informar que esses consumidores podem e devem acessar produtos de seguros, satisfazendo uma demanda que só tende a aumentar. “Por isso, temos de desenhar, juntamente com os corretores, um modelo de distribuição eficaz, contando com o governo no que se refere a estímulos fiscais”.

O presidente do Conselho de Administração da Porto Seguro, Jayme Garfinkel, falou do otimismo geral, mas aconselhou que é preciso dar um passo de cada vez. Ele também abordou temas como o espaço para crescer no Seguro de Automóvel. “Se considerarmos a frota nacional de carros com até cinco anos de uso, pouco mais de 40% deles são segurados”.

O executivo também alertou o público de corretores de que é preciso agir rapidamente contra as associações e cooperativas de proteção veicular, tanto do ponto de vista jurídico, mas também com novos produtos e estratégias de mercado que impeçam a proliferação dessas entidades.
Quanto ao Seguro Rural, Garfinkel ressaltou que chegou a hora de dar uma resposta concreta em relação ao estímulo do governo, que já aprovou o Fundo de Catástrofe. “Temos de padronizar normas e facilitar a contratação do produto”.

Por sua vez, o presidente da SulAmérica Seguros, Thomaz Menezes, falou do orgulho em liderar uma grande companhia que tem excelente relacionamento com os corretores de seguros.
“O papel da categoria é fundamental para entender as necessidades e interesses dos clientes. Precisamos de vocês na rua, gerando negócios, trabalhando relacionamentos. Mas precisamos também, em conjunto, investir para conhecer melhor os riscos e as demandas dos consumidores”.