segunda-feira, 13 de maio de 2013

PARTCIPAÇÃO DE SEGURADORAS ESTRANGEIRAS AUMENTA NO PAÍS

O Brasil se torna cada vez mais atrativo para as seguradoras estrangeiras, e os números demonstram esse interesse crescente. De acordo com o Sindicato de Corretores de Seguros de São Paulo (Sincor-SP), das 10 primeiras empresas no ranking de seguros, cinco são de capital estrangeiro. Juntas, representaram 16,63% na participação no mercado brasileiro no ano passado. A Zurich é a primeira seguradora estrangeira no ranking, com participação de 4,80%, seguida pela Allianz com 4,20%, Caixa Seguros (desde 2001 é controlada pela empresa francesa CNP Assurances) com 2,76%, Liberty com 2,56% e Tokio Marine com 2,31%. Em primeiro lugar do ranking, o Bradesco representou 20,17%. A Allianz tem uma participação de 4,20% no mercado. O total que a empresa alemã arrecadou ano passado no País foi de R$ 3,6 bilhões. O País é responsável por 61% do faturamento da Allianz na América Latina. "Nossa intenção é estar entre as quatro maiores seguradoras do Brasil e nos tornarmos a primeira no ranking das não ligadas a instituições bancárias", diz o presidente da Allianz Seguros, Edward Lange. Há duas semanas, a Allianz fechou uma parceria com o Palmeiras para dar o nome ao estádio do clube paulista. O investimento em naming right (direito de nome) do estádio faz parte de uma série de investimentos que a Allianz Seguros está fazendo para alcançar R$ 5,8 bilhões de faturamento até 2015. Já a empresa japonesa Tokio Marine apresentou um lucro líquido de R$ 43,3 milhões em 2012, o que representa um valor 14,7% superior a 2011. O Brasil é o terceiro mercado mundial do grupo, perdendo apenas para os EUA e para o Reino Unido. O ramo de automóveis evoluiu 55% e Afinidades (vida e ramos elementares), 22%. A companhia planeja novos produtos e microsseguros. De acordo com o presidente da empresa, Akira Harashima, o mercado brasileiro de seguros ainda está em desenvolvimento. "O crescimento nos próximos anos ficará acima dos 10% por conta da expansão da economia", diz Harashima. Outra grande seguradora mundial que tem intensificado sua participação no País é a americana AIG, que investiu cerca de US$ 155 milhões até o momento no Brasil, mas nos próximos anos tem planos de aumentar o capital aqui no País. "A AIG irá investir nos próximos anos, cerca de US$ 220 milhões, através de aumentos de capital no Brasil", diz Marcelo Milani, diretor técnico e Planejamento Estratégico da AIG. De acordo com o ranking de seguros da Sincor-SP, nos dois últimos anos, a empresa americana (até o ano passado tinha o nome de Chartis) teve representação de 0,28% no mercado brasileiro. A companhia pretende reforçar sua equipe no País. "Em 3 anos, o número de funcionários saltou de uma dúzia para 310 no final de 2012. Em 2013, a AIG pretende terminar o ano com cerca de 500 funcionários", diz Milani. A AIG está em mais de 130 países e tem um faturamento em torno de US$ 65,7 bilhões. Já em relação ao Brasil, Milani diz que "a AIG no Brasil é uma empresa de R$ 300 milhões em produção anual, e é esperado que esse valor ultrapasse R$ 1,3 bilhão até 2017." Já a empresa suíça-alemã Zurich também mostra força nos investimentos no País. Em 2012, a seguradora teve um faturamento de R$ 1,8 bilhão, sendo que somente em seguros de vida o total foi de R$ 373 milhões. "O Brasil é um dos principais mercados para a Zurich mundialmente. Nos últimos cinco anos a empresa tem feito investimentos no País, com a entrada no segmento de automóveis e também todo o investimento em novos produtos, e com empregos com a resseguradora que acabamos de abrir", diz o CEO de Vida e Previdência da Zurich Seguros, Richard Vinhosa. A Zurich também fechou contratos para segurar alguns estádios que sediarão a Copa do Mundo no ano que vem. A empresa é a seguradora de Riscos de Engenharia da reforma do Estádio do Maracanã (Rio de Janeiro), da Arena Fonte Nova (Bahia), do Estádio Mané Garrincha (Distrito Federal) e da Arena Corinthians (São Paulo). 13/05/2013 - DCI Guilherme Lino SÃO PAULO

quarta-feira, 8 de maio de 2013

STJ AMPLIA COBERTURA NO SEGURO DE AUTOMÓVEIS

O Superior Tribunal de Justiça, em recente decisão, aplicou o Código de Defesa do Consumidor a uma discussão envolvendo o contrato de seguro de automóvel. No caso, o segurado foi vítima de extorsão, o que pela apólice contratada, não teria cobertura, pois estas são: colisão, incêndio, furto e roubo. Entretanto, tendo em vista a semelhança existente entre o crime de roubo e o crime de extorsão, entendeu o STJ que o segurado não possui conhecimento para diferenciá-los, ordenando o pagamento da indenização prevista na apólice, uma vez que a intenção do segurado é sempre garantir seu patrimônio no momento em que adere ao contrato, pouco importando se foi vítima de roubo ou de extorsão. Trata-se do Recurso Especial nº 1.106.827 - SP (2008/0284799-4). Na decisão, nota-se o brilhantismo do Ministro Relator, que assim proferiu: “Com efeito, não se trata aqui, de hipótese absolutamente distinta do delito de roubo, uma vez que entre o conceito de tal crime e a definição legal do delito de extorsão existe uma linha extremamente tênue que os separa. A proximidade do conteúdo dos delitos, portanto, não é meramente topológica/geográfica, mas também conceitual, uma vez que entre um e outro, o que essencialmente difere é a extensão da ação do agente criminoso e a forçada participação da vítima. No roubo, o agente subjuga a vítima mediante violência ou grave ameaça de mal injusto, suprimindo-lhe qualquer resquício de resistência ante a insuportável coação, e, em seguida, procede a subtração; ao passo que na extorsão, com o mesmo método violento e ameaçador, o delinquente rende o ofendido por meio de vis absoluta ou promessas de mal maior, e, uma vez reduzida ou extirpada a hipótese de reação, obriga-lhe a entrega de determinado bem, desfalcando seu patrimônio.” Por fim, fica a seguinte questão: dentro dos parâmetros da decisão do STJ, será que no futuro o crime de estelionato (que atualmente não possui cobertura) não será equiparado ao crime de furto (que é coberto), para fins de cobertura securitária, no ramo de automóvel? Fonte: AGLESCO ADVOGADOS

quinta-feira, 2 de maio de 2013

SETOR DE RESSEGURO DOBRA EM CINCO ANOS, REVELA ESTUDO DA TERRA BRASIS RESSEGURADORA

Saiu mais um relatório da Terra Brasis, sobre o desempenho do mercado de resseguros brasileiros. Segundo o estudo, as seguradoras brasileiras geraram R$ 6,4 bilhões em resseguro cedido (bruto de comissão), em 2012, o dobro do volume de 2007, o último ano do monopólio. Em 2012, o mercado local recebeu 60% deste volume, cerca de R$ 3,9 bilhões. A participação de mercado do IRB terminou o ano em 37%, enquanto a das outras companhias locais ficou em 23% e das admitidas/eventuais ficou em 40%. O Combined Ratio (incluindo resultado de retrocessão) terminou 2012 em 104%, acima dos 101% de 2011. Apesar da alta sinistralidade em 2012 (90%), o resultado das resseguradoras locais, dado à recuperação de retrocessão, não sofreu impacto significativo. “Realizamos uma análise dos riscos retido no país. Nossa conclusão é que não está havendo aumento de acumulação e que a solvência do mercado é melhor hoje que em qualquer ponto em sua história. Embora o setor de seguros não seja o foco desta publicação, nós elaboramos, extraordinariamente, um resumo sobre a composição do mercado brasileiro de seguros, dividindo-o em oito segmentos. O resumo visa auxiliar o leitor não familiarizado com o mercado brasileiro de seguros”, informa Rodrigo Botti, diretor da resseguradora Terra Brasis. O estudo pode ser acessado no portal www.terrabrasis.com.br. Denise Bueno / Sonho Seguro

GARANTIA ESTENDIDA SERÁ REGULAMENTADA

Garantia estendida será regulamentada 02/05/13 - A Superintendência de Seguros Privados (Susep) e a Secretaria Nacional do Consumidor (Senacon) prometem abrandar as dores de cabeça dos consumidores com as garantias estendidas, que são os seguros extras comercializados com produtos do varejo, como eletrodomésticos. As instituições estão elaborando um conjunto de propostas para regulamentar esse tipo de serviço, que deverão ser entregues em 19 dias. Entre os pontos a serem discutidos estão o fim da venda casada e da apólice coletiva do seguro