quinta-feira, 18 de novembro de 2010

Corretor fala ao SBT sobre serviços agregados do Seguro de Automóvel

Por Pedro Duarte

Em matéria veiculada nos dois telejornais noturnos do SBT – SBT Brasil e Jornal do SBT Noite – o corretor Carlos Barros de Moura, da BarrosDeMoura & Associados, aparece como técnico de seguros que analisa por que as seguradoras estão oferecendo, cada vez mais, serviços agregados e diferenciados para atrair clientes.




Transmitida no dia 15 de novembro, a reportagem de Sergio Utsch aborda que poucos são os motoristas que não se preocupam em deixar o carro na rua, principalmente nas grandes cidades.

Mas as seguradoras descobriram que só esse tipo de proteção não era mais suficiente. E aí começaram a oferecer uma série de serviços atrelados ao seguro dos automóveis, que não tem nada a ver com eles”, afirma Utsch.

Construída com base na experiência de segurados, a matéria mostra como a designer Marcelina Rosa Araújo carregava no porta-malas do seu carro uma bicicleta, pronta para ser montada, mas não sabia que o seguro podia ser acionado para fazer esse serviço.

Chamando a atenção para o fato de que a taxa de carros roubados e furtados diminuiu nas grandes capitais, o texto da reportagem alerta que, nem por isso, o valor do seguro registrou queda, sugerindo que isso se deve, em parte, ao custo dos serviços agregados, que estaria embutido no preço final do Seguro de Automóvel.

O corretor Carlos Antonio Barros de Moura reconhece que o crescimento do mercado de seguros e os diferenciais dos produtos aos poucos começam a ser assimilados pela população, por força das matérias e reportagens que têm saído na grande imprensa.

“Se verificarmos a audiência dos telejornais do SBT, que somados chegam a oito pontos somente na Grande São Paulo, temos um universo de mais de 800 mil telespectadores vendo uma matéria sobre seguros e de grande relevância para o seu dia a dia”, conclui Barros de Moura.

Para assistir ao vídeo da matéria, acesse http://www.sbt.com.br/jornalismo/noticias/?c=1710&t=Companhias+de+seguro+usam+a+criatividade+para+atrair+clientes

sábado, 16 de outubro de 2010

Líderes do mercado apontam tendências e desafios

Por Pedro Duarte

O mercado brasileiro de seguros passa por uma fase de excelentes resultados, mas há desafios pela frente, que precisam do esforço conjunto de todos os agentes da cadeia produtiva para tornar sustentáveis os resultados positivos de hoje. Essa foi uma das principais conclusões do “Painel Seguradoras: Tendências!”, realizado durante o XIV Conec.

O encontro, que reuniu representantes da Bradesco Seguros, Mapfre, Porto Seguro e SulAmérica, aconteceu no dia 9 de outubro, no Auditório Wolfgang Siebner do Palácio das Convenções do Anhembi, em São Paulo.

O presidente da Bradesco Seguros e Previdência, Marco Antonio Rossi, afirmou que o momento é de atrair os 30 milhões de novos consumidores da classe C para que se tornem consumidores de seguros.

“O Brasil é atualmente um dos países com menor taxa de desemprego do mundo e tivemos, nos últimos anos, o nascimento de mais de 4 milhões de pequenas e médias empresas”, acrescentou Rossi.

Para o executivo, o mercado deve trabalhar para atender as necessidades desse imenso contingente de pessoas e organizações, convencendo-as da importância de adquirir proteção por meio dos produtos oferecidos à população e às empresas.

O vice-presidente da Mapfre Seguros, Dirceu Tiegs, enfocou a importância de regulamentar o microsseguro. “Segundo a Fundação Getúlio Vargas, o mercado para produtos mais simples e de fácil contratação é superior a 90 milhões de clientes”, acrescentou.

Numa visão de futuro, Tiegs reforçou que os desafios são informar que esses consumidores podem e devem acessar produtos de seguros, satisfazendo uma demanda que só tende a aumentar. “Por isso, temos de desenhar, juntamente com os corretores, um modelo de distribuição eficaz, contando com o governo no que se refere a estímulos fiscais”.

O presidente do Conselho de Administração da Porto Seguro, Jayme Garfinkel, falou do otimismo geral, mas aconselhou que é preciso dar um passo de cada vez. Ele também abordou temas como o espaço para crescer no Seguro de Automóvel. “Se considerarmos a frota nacional de carros com até cinco anos de uso, pouco mais de 40% deles são segurados”.

O executivo também alertou o público de corretores de que é preciso agir rapidamente contra as associações e cooperativas de proteção veicular, tanto do ponto de vista jurídico, mas também com novos produtos e estratégias de mercado que impeçam a proliferação dessas entidades.
Quanto ao Seguro Rural, Garfinkel ressaltou que chegou a hora de dar uma resposta concreta em relação ao estímulo do governo, que já aprovou o Fundo de Catástrofe. “Temos de padronizar normas e facilitar a contratação do produto”.

Por sua vez, o presidente da SulAmérica Seguros, Thomaz Menezes, falou do orgulho em liderar uma grande companhia que tem excelente relacionamento com os corretores de seguros.
“O papel da categoria é fundamental para entender as necessidades e interesses dos clientes. Precisamos de vocês na rua, gerando negócios, trabalhando relacionamentos. Mas precisamos também, em conjunto, investir para conhecer melhor os riscos e as demandas dos consumidores”.

quarta-feira, 15 de setembro de 2010

Seguros nossos de cada dia

Por Pedro Duarte

Mesmo que os espectadores de uma tourada, instalados na arquibancada, em tese estejam expostos a um risco reduzido para chifradas de touro, o seguro de "medicina taurina", lançado pela Mapfre Seguros, é sucesso na Espanha.

E não deveria ser diferente: o recente caso com ampla repercussão na mídia do touro que saiu da arena e pulou sobre o público mostra que o produto tem apelo comercial e está alinhado com a cultura espanhola, atendendo às necessidades locais. De fato, milhares de espanhóis já contrataram o seguro.

E no Brasil, a gente tem seguros assim, digamos, tão diferenciados e inovadores que colocam o ambiente interno no caminho do que é designado pelos papers internacionais como mature market ?

A julgar pelo que as seguradoras já oferecem aos consumidores brasileiros, podemos dizer que os seguros nossos de cada dia contemplam coberturas para todas as classes e estilos de vida, situações inusitadas de risco pessoal e patrimonial, fornecendo uma pista concreta do perfil de brasileiro que o mercado segurador tem na mira, tanto pelos aspectos culturais, quanto comerciais.

De partida nessa viagem, o Seguro do Torcedor, lançado em março deste ano pela Capemisa - e descontinuado após a conclusão da Copa do Mundo - era um Seguro de Vida e Acidentes Pessoais focado em torcidas de times de futebol.

As apólices custavam R$ 5,00 e davam cobertura de R$ 2.500, durante um ano, para morte acidental. O bilhete ainda permitia a participação em sorteios semanais no valor de R$ 2.500,00 e mais um prêmio de R$ 9.520,00, vinculados aos resultados da Loteria Federal.

"Esta é uma paixão muito forte do brasileiro como povo. Temos o produto, um Seguro de Acidentes Pessoais, e a motivação para despertar o interesse por ele, as torcidas das várias modalidades de esportes", afirmou o diretor-presidente da Capemisa, José Augusto da Costa Tatagiba, por ocasião do lançamento do produto.

Ainda no segmento do Seguro de Vida e de Acidentes Pessoais, há companhias que oferecem a cobertura para perda de renda, através da Diária por Incapacidade Temporária. A simulação que pode ser feita é a seguinte: um profissional com 32 anos contrata uma diária de R$ 75,00 e paga quase R$ 30 mensais. Nesse caso, se ele deixa de trabalhar por 45 dias (devido a um tratamento médico, por exemplo), receberá R$ 3.375,00 de indenização.

Muito indicado para profissionais liberais que têm seu próprio negócio - que, segundo o Ministério do Trabalho, são mais de 11 milhões de trabalhadores - o seguro dá direito a um valor proporcional aos dias em que a pessoa fica afastada de suas atividades, dentro dos parâmetros ditados pelos limites de valores contratados.

Nos últimos anos, o público feminino também se tornou um dos alvos preferenciais do mercado de seguros por meio do lançamento de produtos especialmente desenhados para as seguradas. É o caso do seguro de veículos para mulheres oferecidos por diversas companhias de grande porte, além do seguro para festas de casamento, cobertura para roubo ou furto qualificado de jóias e, não menos importante, a cobertura de diagnóstico e tratamento de câncer, especialmente de mama.

Quando nos restringimos ao mundo do consumo AA, existem companhias que oferecem seguros para obras de arte, embarcações, mansões e aviões particulares, entre outros, assim como o seguro de veículos para pessoas com deficiências - incluído nesse bloco porque, segundo o IBGE, 44% desse público pertencem às classes A e B - seguro para motos (em geral, apenas para aquelas com mais de 500 cilindradas) e a cobertura destinada a instrumentos musicais, além de aparelhagem e iluminação para DJs, oferecida dentro do Seguro de Responsabilidade Civil Eventos

Agora imagine um produto que, além de garantir proteção contra danos causados a terceiros por uma família (incluindo segurado, cônjuge e filhos), chamado Seguro de Responsabilidade Civil Familiar, tem ainda uma cobertura acessória denominada hole in one: se o segurado conseguir a façanha de acertar o buraco com apenas uma tacada, em competições não-profissionais de golf, a seguradora cobre a conta da comemoração com amigos e familiares no bar ou restaurante do clube.

Até os animais de estimação não foram esquecidos nesse universo surpreendente. Uma das maiores seguradoras do país oferece consultas veterinárias para o cão ou gato do segurado, além de descontos em exames, cirurgias, banho, tosa e hospedagem em pet shops credenciados. As coberturas são contratadas como acessórias do Seguro de Residência ou Seguro de Automóvel.

Leia a matéria na íntegra: http://www.midiaseg.com.br/Default.aspx?inc=Noticias&Id=1675&tipo=17

quarta-feira, 8 de setembro de 2010

Microsseguro vai ao encontro do seu público alvo

Por Márcia Alves

Para conhecer melhor as necessidades e prioridades do público de baixa renda, mercado de seguros investe em pesquisa vivencial e projetos de divulgação do microsseguro em favelas do Rio de Janeiro e São Paulo


O mercado de seguros está se preparando para conquistar a faixa de clientes de baixa renda com a oferta de microsseguros. Enquanto aguarda a regulamentação da lei que definirá as regras de comercialização e os tipos de produtos de microsseguros, o setor decidiu se antecipar e partir ao encontro de seu público alvo. As favelas de duas grandes metrópoles foram as escolhidas como ponto de partida para iniciativas que visam, de um lado, identificar o modo de vida, os hábitos de consumo e as necessidades dos brasileiros mais pobres e, de outro, divulgar o conceito de proteção do seguro para essa faixa da população.


O morro Dona Marta, favela da Zona Sul do Rio de Janeiro, onde vivem mais de 6 mil pessoas, foi o escolhido para abrigar o projeto piloto "Estou Seguro", resultado de um convênio entre a Confederação Nacional das Seguradoras (CNSeg) e a Organização Internacional do Trabalho (OIT), do qual também participam 16 seguradoras e mais a entidade nacional representativa dos corretores (Fenacor) e a Fundação Escola Nacional de Seguros (Funenseg). Com um amplo cronograma de ações iniciado em março e previsto para terminar em janeiro do próximo ano, o projeto está sendo implantado pelo Instituto de Estudos do Trabalho e Sociedade (IETS), por sua especialização em microcrédito.


Estudo do público potencial


"O morro servirá como laboratório ao seguro para identificar os problemas e as necessidades das classes C, D e E", afirma a coordenadora do projeto, Maria Elena Bidino. A escolha da favela como foco de pesquisa não foi mero acaso. Um estudo produzido por Regina Lídia Giordano Simões, responsável pela área de microsseguros da Superintendência de Seguros Privados (Susep), ajuda a identificar o público alvo do microsseguro, considerando inúmeras varáveis além da baixa renda.


Ao cruzar os dados da população economicamente ativa, que corresponde a 52% dos 186 milhões de brasileiros, com a classe de renda de até dois salários mínimos, mais o tipo de construção dos domicílios e a taxa de analfabetismo, o estudo identificou um público aproximado de 100 milhões de pessoas. A maioria está concentrada em áreas urbanas, nas favelas e periferias. "O domicílio do potencial consumidor de serviços de microsseguro no Brasil é predominantemente urbano, o que poderia indicar que os programas e políticas para o desenvolvimento do microsseguro no país podem estar, em sua fase inicial, direcionados à população de baixa renda dos grandes centros urbanos do país", concluiu Regina em seu estudo.


O seguro no cinema


Segundo Maria Elena Bidino, até agosto deste ano, o projeto "Estou Seguro" já contabiliza o resultado de algumas ações em curso. Duas delas, o teatro de rua e um curta-metragem, produzidos especialmente para disseminar os conceitos de seguro, conquistaram os aplausos e a simpatia dos moradores. Percorrendo as ruas do morro, um grupo de atores da comunidade vestidos de super-heróis encenam uma esquete enaltecendo as vantagens da proteção do seguro.
Já no curta-metragem, personagens se encontram em frente a uma birosca, e dialogam, casualmente, a respeito do benefício do seguro, que proporcionou um enterro digno para a sogra de um deles, despertando o interesse inclusive da dona do negócio. Exibido, recentemente, em encontros sobre microsseguros fora do país, o curta-metragem recebeu elogios.
Para Eugênio Velasques, diretor da Bradesco Vida e Previdência, que participou desses encontros, o sucesso do filme se deve à credibilidade dos personagens e do enredo, que não sofreu intervenção de nenhum diretor técnico de seguradora. "Qual companhia faria seguro para uma birosca? Seria uma afronta ao manual de risco tradicional", justifica.


Captadores de seguros


Instalado em um ponto fixo do Morro Dona Marta, o imóvel que abriga o Projeto "Estou Seguro", e que deverá ser batizado oficialmente de "A Casa do Seguro", dispõe de material de divulgação de vários produtos de seguros. Embora em sua versão original o projeto não contemplasse a venda de seguros, Maria Elena Bidino diz que essa condição foi acrescida por imposição da OIT. Por isso, o corretor de seguros Emílio Rodrigues Gomes assumiu essa responsabilidade desde maio último, cuidando da formação de prepostos entre os moradores do morro. "Chamamos de prepostos por falta de um termo adequado. Mas, eles são captadores de seguros, capacitados e treinados", explica Gomes.


Entre cinco prepostos que em breve receberão a habilitação de corretores de vida e capitalização, um deles, segundo Gomes, conseguiu o feito de vender sete apólices da Sinaf, a primeira em julho passado, com cobertura para morte acidental e natural e serviço de assistência funeral, por um prêmio médio mensal de R$ 30,00. "Esse valor é perfeitamente suportável pelas famílias do Dona Marta", garante o corretor. Ele informa, ainda, que a cobrança é feita por meio de boleto bancário e que nenhum sinistro foi avisado até agora.


Produtos adaptados


Alexandre Penner, diretor técnico da Susep, diz que os produtos de seguros não foram desenhados exclusivamente para serem vendidos no morro. "São produtos que existem no mercado e foram adaptados ao microsseguro, mas não necessariamente focados na classe E, já que, ao invés da renda individual, levam em conta a renda familiar", explica. Maria Elena Bidino ressalta, entretanto, que essa adaptação de produtos deve seguir algumas regras, como a simplicidade de condições e de regulação de sinistros. "Não é o excesso de informações que irá proteger o consumidor", frisa.


Um estudo recente produzido pelo economista Francisco Galiza, identificou entre os produtos de seguros existentes no mercado quatro que podem ser adaptados ao microsseguro. Um deles é o PASI, que tem cerca de 2 milhões de seguros de vida vendidos aos trabalhadores temporários ou terceirizados. Outro é a assistência funeral, cujo potencial estimado de receita é de R$ 2 bilhões por ano. Em seguida vem o microcrédito, que embora não tenha atingido todo o seu potencial, tem forte relação com o microsseguro e condições de gerar, apenas no seguro prestamista, uma receita de até R$ 150 milhões por ano. Por fim, os títulos de capitalização, que podem ser vendidos junto aos seguros de acidentes pessoais, têm o mérito de poder atingir uma grande massa, estimada em 10 milhões de pessoas.


Mas, se uma das metas do setor de seguros é prover produtos específicos de microsseguros para a baixa renda, a ACE Seguradora deu o primeiro passo. Em julho, a companhia anunciou que fará sua estreia no projeto "Estou Seguro" com produtos sob medida para os moradores do Dona Marta, ao custo mensal entre R$ 2,50 e R$ 7,00. "Trata-se de um excepcional ensaio para o futuro microsseguro", considera o gerente de Negócios da ACE, Daniel Meneghin.

sexta-feira, 20 de agosto de 2010

Resseguradoras podem contribuir com a expansão do ramo Vida

Por Marcia Alves

Para o diretor da Scor Global Life, Ronald Kaufmann, a recente crise econômica mudou os rumos do mercado de seguros mundial, funcionando como um "freio de arrumação". Por conseqüência, os consumidores se tornaram mais cautelosos e os reguladores de todo o mundo passaram a ser mais exigentes com nível de solvência das empresas e o capital, antes farto, se tornou caro.

Kaufmann foi um dos palestrantes no Seminário "O Resseguro de Vida após a abertura do Mercado", realizado pelo CVG-SP, em 29 de julho, no Braston Hotel, em São Paulo (SP). Ele observou que, apesar dos efeitos mais negativos já terem arrefecido, ainda é cedo para se afirmar que estamos diante de uma nova ordem mundial.

"Diria que estamos em uma nova bolha". O Brasil, que não sofreu grandes impactos com a crise, na sua visão, não está completamente dissociado da nova realidade. "Aprendemos a gerenciar o perigo, mas a fase de ter cuidado ainda não terminou", alertou.

Mas, se por um lado a longevidade dos brasileiros aumentou e a venda de produtos de vida e previdência cresceu, por outro, não houve grandes mudanças nessa área. "A carteira de vida continua, sem grandes revoluções. Não houve um trabalho de gerenciamento, por exemplo, para ocupar os espaços deixados pela seguridade social", analisou.

Comparado aos demais países da América Latina, o Brasil ainda consome pouco resseguro de vida. Dos negócios gerados na carteira, apenas 1,5% são ressegurados, enquanto que na Argentina esse índice é de 2% e no México e na Colômbia, 5%. "O mercado é novo", justifica Kaufmann. Mas, ele também observa que alguns grandes resseguradores ainda não estão presentes no país.

Embora vida e previdência tenham apresentado um crescimento expressivo, a penetração desse segmento é de apenas 1,5% e no ranking mundial ocupa a distante 23ª posição. Kaufmann interpreta esses números como uma grande oportunidade para o segmento aumentar o seu espaço. Da mesma forma que vê na tendência de maior concentração uma oportunidade para a exploração de novos nichos.

"Nesse momento, os resseguradores podem ser parceiros das seguradoras na oferta de conhecimento, tecnologia e recursos", diz. "Esse é o papel do resseguro no mundo todo", acrescenta. Em um cenário futuro de rentabilidade e juros menores, Kaufmann acredita que as seguradoras serão mais exigidas pelo consumidor e terão de ser mais eficientes, reduzindo seus custos de distribuição.

Os resseguradores podem ajudar o segmento, segundo ele, com soluções de produtos inovadores e adequados à poupança de longo prazo e longevidade (como é o "Dependência de Longo Prazo", desenvolvido pela Scor), com soluções de risco "annuities" (renda vitalícia), com soluções de capacidade (carteiras de benefícios atuais e futuras, solvência etc.) e de serviços (TeleUnderwriting, Direct Marketing etc.).

Fonte: Midiaseg

terça-feira, 10 de agosto de 2010

Seguro barato e sob medida para construção ou compra de imóvel

Por Pedro Duarte

Destinado a construções de todos os portes e finalidades, produto contempla diversas coberturas e custa pouco mais de 0,3% do valor máximo indenizável


De acordo com o SindusCon (Sindicato da Construção Civil de São Paulo), o setor de construção civil deve crescer 8,8% em 2010 e o segmento imobiliário, responsável por parte significativa dessa expansão, receberá investimento superior a R$ 200 bilhões, contra R$ 170 bilhões no ano passado.

Além disso, o uso do FGTS para compra ou reforma da casa própria bateu recorde e superou, pela primeira vez na história, os saques motivados pela aposentadoria de trabalhadores. Segundo a Caixa Econômica Federal, foram sacados R$ 3,3 bilhões, sobretudo para aquisições e construções no primeiro semestre de 2010, 26% a mais do que no mesmo período de 2009.

Nesse contexto, os consumidores podem contar com um seguro que protege as obras durante sua execução: o seguro de riscos de engenharia, que é oferecido pela maioria das seguradoras do país.

O especialista Carlos Barros de Moura, da BarrosDeMoura & Associados, confirma que o seguro de riscos de engenharia, ao contrário do que muita gente pensa, não é só aplicável às grandes obras públicas e privadas. "Até mesmo na construção de uma residência, em terreno com obras vizinhas, o produto tem papel muito importante".

Para Barros de Moura, "a construção civil com foco na redução do déficit habitacional, num cenário com economia aquecida e boom da construção civil, tornou esse seguro cada vez mais importante para os consumidores que desejam segurança e tranquilidade na proteção de obras de todos portes e finalidades".

Na apólice para construção de uma residência, por exemplo, o seguro contempla coberturas para despesas extraordinárias, tumultos, desentulho do local, incêndio após entrega da obra, despesas de salvamento e contenção, danos morais em decorrência de responsabilidade civil etc.

"A cobertura de responsabilidade civil é importantes para os casos de eventual desmoronamento ou acidente que cause problemas a terceiros. Com o pacote completo que um consumidor pode adquirir, para um limite máximo indenizável de R$ 1 milhão, o custo do seguro fica em torno de R$ 3,5 mil, ou seja, pouco mais de 0,3%", calcula Barros de Moura.

Para os que vão comprar um imóvel na planta, ele dá um conselho importante: verificar se a construtora ou incorporadora tem o seguro de riscos de engenharia para o empreendimento. "Trata-se de uma forma de garantir o bom andamento da obra e a entrega do imóvel porque a seguradora faz o acompanhamento da construção e tem até o poder de interferir na execução caso algo saia do plano pré-estabelecido".

Barros de Moura lembra ainda que os consumidores devem procurar a ajuda especializada de um corretor que domine a lógica desse ramo de seguro. "É preciso entender também quais são as reais necessidades dos clientes, dentro dos parâmetros de uma análise de riscos muito bem estruturada, para oferecer um seguro completo e sob medida".

Fonte: Midiaseg

quinta-feira, 5 de agosto de 2010

É possível vender seguro por meio das redes sociais?

Por Márcia Alves

Para quem se esforça para acompanhar as novidades que fazem parte da web, pode ser angustiante ouvir de um especialista em mídias digitais que a comunicação por e-mail já está ficando ultrapassada e que o formulário de contato, adotado em muitos sites, é obsoleto. Junior Wn, da Agência A1 Brasil e criador do premiado blog "Papo de Homem", disse tudo isso e ainda apontou a tendência de as redes sociais se tornarem o maior canal de relacionamento entre as empresas e seus clientes. Ele participou do III Seminário Internacional de Marketing e Vendas - Vida e Previdência, promovido pela Federação Nacional de Previdência e Vida (Fenaprevi), em 8 de julho, na capital paulista.

O poder das redes

De acordo com Junior Wn, uma pesquisa realizada pela Century revelou que 79% dos executivos de médias empresas esperam ver suas receitas aumentadas por meio de ações em redes sociais. Algumas grandes empresas já utilizam as redes sociais para divulgar sua marca e saber o que os consumidores pensam, além de oferecem produtos.

Qual é o tamanho das redes sociais? Junior Wn forneceu números que demonstram a expansão desses meios de comunicação. Atualmente existem mais de 200 milhões de blogs no mundo, número maior que a população brasileira. Apenas entre janeiro e fevereiro deste ano, o twitter cresceu 1.382%. Para assistir todos os vídeos postados no Youtube seriam precisos 412 anos. O flickr abriga uma foto para cada duas pessoas do planeta. Entre os usuários de internet, 73% possuem blog, do restante, 43% já iniciaram seus blogs e 48% recebem feeds de blogs.

E o que isso muda? De acordo com Junior Wn, a ascensão das redes sociais promoveu maior interatividade na comunicação entre consumidor e empresas. Conforme os dados que apresentou, 91% dos usuários de Internet compram produtos por recomendação de amigos e apenas 7% por causa da propaganda do produto. "Na mídia social, você deixa de ser apenas um transmissor de mensagens para se tornar receptor também. Hoje, pode-se entrar no site de uma marca e dizer o que se pensa dela", explica.

Na visão de Junior Wn, um único usuário de twitter que tenha, por exemplo, 400 seguidores, pode representar 400 prospects para uma empresa. Para ele, as redes sociais não são capazes de persuadir os usuários a gostar de uma marca, mas podem influenciá-los.

Seguro pela rede

Não adianta usar as redes sociais apenas para descrever o produto de uma empresa. Segundo Junior Wn, é preciso mostrar o quanto a marca pode inspirar. "Se disser que meu seguro custou R$ 2 mil não inspiro ninguém. Mas, se convidar para um workshop, por exemplo, que mostre os benefícios do seguro e o retorno à sociedade, então estarei engajando as pessoas", explica.

De acordo com o especialista não são marcas ou produtos que movem os usuários das redes, mas causas. "Temos mais chances de influenciar as pessoas por uma causa", disse. Outra regra importante das redes é ouvir. "Esse é grande paradigma quebrado pelas redes: temos de ouvir antes de falar", disse.

Junior Wn mostrou exemplos de sites de seguros americanos que não divulgam diretamente os seus produtos, mas inspiram as pessoas a conhecê-los. O site da State Farm, por exemplo, não trata de seguros, mas acabou engajando milhares de pessoas numa campanha para perda de peso. A empresa também criou dentro do facebook uma comunidade com dicas sobre carreira e busca de empregos.

O especialista encerrou sua apresentação dizendo que youtube, Orkut, twitter, facebook e outros devem substituir o velho formulário de contato, presente em muitos sites, e até o e-mail.

Contato pessoal

"Confesso que me senti angustiado diante de tamanhas novidades", disse o vice-presidente da Fenaprevi, Renato Russo. Para o presidente da Câmara dos Corretores de Seguros do Estado de São Paulo, Pedro Barbato Filho, as redes sociais podem ser usadas para divulgar a imagem do seguro, mas jamais para a venda. "Os produtos de seguros são complexos e requerem o contato pessoal do corretor", disse.

segunda-feira, 19 de julho de 2010

Seguros para pequenas empresas indenizam até perda de lucros

Por Pedro Duarte

Segundo o Sebrae-SP, as micros e pequenas empresas (MPEs) respondem por mais de 90% das empresas no Brasil, 67% dos postos de trabalho e 20% do PIB. Com uma previsão de alta do PIB de quase 7% em 2010 e de um cenário com inflação sob controle e taxa desemprego em queda (7,5% no início de maio), os empresários de pequenos negócios se deparam com um quadro amplamente favorável para ampliação do crescimento.

"É nesse contexto que os seguros se tornam instrumentos adequados para prevenção contra diversos tipos de riscos, visando garantir a manutenção das atividades com coberturas para incêndio e roubo e até para greves e perda de lucros por um determinado período, por exemplo", explica o especialista Carlos Barros de Moura, da BarrosDeMoura & Associados.

Ele acrescenta que "cada tipo de negócio recebe das seguradoras uma análise de riscos específica que vai impactar no preço dos seguros contratados, mas de maneira geral os valores cobrados compensam o investimento".

Simulações

O especialista aponta que o pacote de seguros destinado a pequenas empresas pode ser composto com algumas coberturas que são indicadas para todo tipo de negócio, independente do setor de atuação ou perfil do público consumidor.


É o caso, por exemplo, da proteção para incêndio, raio e explosão, que para um valor máximo indenizável de R$ 500.000,00, custa em média R$ 433,50 por ano. A cobertura para danos elétricos e curto circuito fica em R$ 95,04, enquanto a prevenção para vendaval, granizo e impacto de veículos (ambos com indenizações máximas de R$ 15.000,00) sai por R$ 43,30 anuais.

"O importante é o empresário saber que ele deve consultar seu corretor de seguros para determinar as coberturas mais adequadas ao seu negócio e compor um pacote realmente alinhado com sua atividade", complementa Barros de Moura.

Entre as coberturas disponíveis, os empresários podem acoplar proteção para vidros, anúncios e luminosos, equipamentos eletrônicos, responsabilidade civil decorrente das operações, entre outras.

No caso de um estabelecimento comercial, a responsabilidade civil pode ser acionada se algum cliente escorrega e cai, deixando a loja no alvo de uma eventual ação por danos morais. O seguro, nesse caso, arca com o pagamento das indenizações na Justiça se a empresa for condenada.

"Também na hipótese de a empresa sofrer algum tipo de bloqueio ou impedimento de acesso que interrompa suas operações por um período, o dono do negócio poderá ser indenizado pelo seguro de lucros cessantes até o valor máximo contratado", lembra Barros de Moura.

Confira no quadro abaixo as coberturas indicadas com o custo equivalente para determinados limites de indenização. No total, para um pacote completo de soluções, o preço final é de aproximadamente R$ 5,4 mil, que para a maioria das seguradoras podem ser parcelados em quatro vezes sem juros e valem para um ano de vigência do contrato.

Seguros para pequenas empresas *
Cobertura Valor Indenizável (R$) Preço (R$)
Incêndio, raio e explosão 500.000,00 433,50
Danos elétricos e curto circuito 15.000,00 95,04
Vendaval/granizo/impacto de veículos 15.000,00 43,20
Vidros/anúncios luminosos 10.000,00 202,50
Roubo/furto qualificado 100.000,00 3.888,00
Equipamentos eletrônicos 10.000,00 32,40
Responsabilidade civil 100.000,00 315,00
Perda/Pagamento de aluguel 150.000,00 130,05
Lucros cessantes decorrentes da básica 250.000,00 320,75
Total 5.460,44

*Estabelecimento comercial localizado no centro de São Paulo

terça-feira, 6 de julho de 2010

Gerenciar riscos: uma aposta de lucro

Por Eliane Leite

Garantir a idoneidade da carga durante o transporte até o consumidor final não é tarefa fácil para muitas empresas. Primeiro porque o Brasil apresenta condições precárias no que diz respeito às rodovias. Segundo um levantamento da CNT (Confederação Nacional dos Transportes), 63,9% das estradas têm asfalto de má qualidade, além da falta de sinalização e acostamento, o que acarreta em um alto índice de acidentes.

Além disso, há a questão do roubo de cargas, que contabilizou ao País um prejuízo de, aproximadamente, R$ 1 bilhão apenas em 2009, de acordo com informações da NTC & Logística (Associação Nacional do Transporte de Cargas e Logística). Foram 13.500 ocorrências no ano.
Em razão disso, a busca por seguros cresce visando suprir os prejuízos ocasionados por esses fatores. Carlos Barros de Moura, da Consultoria BarrosDeMoura e Associados, ressalta que todos “querem proteger o seu patrimônio”.

Embora no ano passado o saldo de prêmios nos seguros de transportes de mercadorias tenha caído em 9,5%, em razão de um cenário econômico desfavorável para a contratação de serviços, neste ano o setor verifica uma significativa melhora no mercado.

Apenas no primeiro bimestre, o incremento na venda de produtos foi de 15,4%, com prêmios de R$ 291,5 milhões. O seguro de transporte nacional foi o grande responsável pela alta na demanda, com crescimento de 19,1%; no que se refere a seguro de responsabilidade civil do transportador rodoviário de carga, a superação foi de 21,9%, de acordo com dados da Susep (Superintendência de Seguros Privados).

No entanto, o segmento continua com um desafio: aumentar o volume de contratações de seguros de importação e exportação, que manteve as vendas paralisadas em R$ 37 milhões, aproximadamente, no início do ano.

Contratação: pontos importantes

Para Moura, toda essa movimentação no setor é muito importante e revela que a economia está se recuperando e que os transportadores estão interessados em aprimorar os seus serviços e garantir qualidade. Porém, ao contratar um serviço de seguros é preciso atentar para certos cuidados, para que o investimento não reverta em prejuízo.

Na opinião do executivo, o seguro de transporte deve ser visto “como um mecanismo de apoio ao comércio, à circulação de mercadoria”, diz. Basicamente, três tipos de produtos estão disponíveis no mercado, um feito pelo embarcador e dois pelo transportador: seguro de transporte nacional - para o dono da carga e obrigatória -, RCTR/C (Responsabilidade Civil do Transportador Rodoviário de Carga) - feito pela empresa de transporte, cobre prejuízos de responsabilidade do próprio transportador, como colisão, capotamento e outros -, e RCF-DC (Responsabilidade Civil – Desaparecimento de Carga).

Moura alerta que “o diferencial está na qualidade e quantidade dos serviços prestados. Os serviços precisam ser ágeis e simples para reduzir custos com retrabalhos”, observa. Segundo ele, devem ser avaliadas “a capacidade da seguradora de subscrever riscos grandes e complexos, a agilidade no atendimento a consultas, transparência, flexibilidade e garantia do melhor negócio com custos atrativos”, explica.

Além disso, o segurador deve estar apto a aceitar riscos em todos os segmentos de mercado e, de preferência, oferecer serviços de gerenciamento de risco, “que não necessariamente se resumem à escolta e rastreamento de carga”, observa o consultor.

Gerenciar riscos

Calcular todas as possibilidades de risco no transporte da carga, otimizar processos logísticos e ter total controle do processo de entrega são algumas das principais características que norteiam o trabalho de gerenciamento de risco que, na opinião de Barros, é o que deve demandar maior procura no futuro.

Dentro do ciclo que integra a atividade, Barros explica que as empresas devem oferecer ampla gama de possibilidade de proteger a carga que será transportada, e isso revelará a capacidade da empresa de, realmente, gerenciar o negócio. Ele pontua: “o segurador deve fazer entrevistas nas empresas, levantar dados de procedimentos, oferecer, inclusive, cuidados com a arrumação da carga dentro do veículo, estudar rotas evitando a probabilidade de acidentes e também de roubos, entre outros fatores”, diz. “Estudos indicam que aproximadamente 70% dos sinistros no transporte de cargas podem ser evitados com planos eficazes de gerenciamento de riscos”, alerta o executivo.

Para ele, atualmente, “é muito mais interessante para o transportador trabalhar no sentido de evitar prejuízos, principalmente com o pagamento de indenizações”. Nesse sentido, as companhias de seguros se desdobram para oferecer a melhor opção de seguro para o cliente. Hoje, muitas empresas buscam inclusive integrar a tecnologia ao serviço prestado, por exemplo com “sistemas que informam pontos de alagamentos e congestionamentos para que o motorista evite transitar em pontos críticos”, conta Barros.

O consultor considera que uma qualificação a nível internacional também deve ser um diferencial. “Quando se fala de importação e exportação, a empresa que tem parcerias no mercado externo certamente apresenta um serviço mais facilitado para o cliente. E, com isso, oferece mais agilidade nos processos”.

“Nas operações de comércio internacional, o seguro de transportes tem uma importância muito especial, porque dá condições aos exportadores e importadores de elaborar um melhor planejamento dos seus fluxos de negócios”, considera.

Fonte: WebTranspo

segunda-feira, 21 de junho de 2010

Seguro Residencial

Casa segura

Já o seguro residencial não é relevante apenas durante as férias, mas com certeza é quase indispensável numa situação em que todas as pessoas da casa vão ficar fora em determinado período.

“Quase todas as seguradoras oferecem o seguro residencial, a maioria deles com diversos serviços agregados, como chaveiro e encanador, que podem ser usados durante o ano todo, e alguns até com sorteios de prêmios durante a vigência do contrato”, informa Barros de Moura.

A contratação também é simples, mas você deve estar ciente de que a companhia escolhida vai mandar uma pessoa para vistoriar o imóvel e avaliar todas as condições de risco, que são usadas como base para definição do preço cobrado pelo seguro.

“Na contratação do seguro residencial, o consumidor escolhe os valores máximos de indenização, seja casa ou apartamento. Num conjunto de coberturas destinado a uma residência térrea, situada na capital paulista, o custo médio fica em torno de R$ 215,00 por ano, que podem ser divididos em quatro vezes sem juros (por meio de cartão de crédito ou chequepré-datado) ou em até dez vezes com juros (por meio de boleto)”.

Nessa simulação, você e sua família podem sair de casa com tranquilidade, sabendo que o seguro protege contra incêndio ou explosão (limite de indenização de RS 80 mil), danos elétricos (R$ 2 mil), vendaval (R$ 2mil), subtração de bens (R$ 2 mil) e quebra de vidros (R$ 1 mil), entre outras coberturas.

“Claro que, se o consumidor preferir valores indenizáveis mais altos, o custo final do seguro também aumenta. Mesmo assim, o preço é sempre muito acessível e muito compensador se compararmos os limites contratados com o valor final pago pelo consumidor”, conclui Barros de Moura.

Seguro Viagem

Seguros para você viajar tranqüilo

Durante as férias, os seguros viagem e residencial se transformam em poderosos instrumentos para você sair de casa, livre de preocupações

Às vésperas do mês de julho, para muita gente chega a hora de concluir a programação de uma viagem durante as férias. Se esse é o seu caso, para qualquer destino programado, você só pode sair de casa realmente despreocupado se contar com pelo menos dois tipos de seguros cujas coberturas se revertem em proteção e tranquilidade.

“O melhor é que, quando comparados com seguro de automóveis, que é o mais consumido no Brasil, eles são baratos e muito fáceis de contratar”, adianta o especialista Carlos Barros de Moura, da BarrosDeMoura & Associados.

Viagem sem sustos

Se você deseja curtir o verão europeu, o primeiro aviso é que a e entrada de estrangeiros na maior parte dos países da União Europeia só é permitida para quem faz a contratação de um seguro viagem.

“É preciso ter um seguro médico internacional ou com cobertura no exterior com, no mínimo, garantia de repatriação em caso de doença grave ou acidente e cobertura de 30 mil euros”, explica Barros de Moura.

Quais são suas opções e como você deve proceder¿ Segundo o especialista, o turista deve procurar seu corretor de seguros e pedir duas ou três cotações em empresas especializadas no produto.

“O seguro viagem é simples de contratar, não exige declaração de saúde ou qualquer tipo de comprovação burocrática e pode ser feito até com um dia de antecedência da viagem”, acrescenta.


Numa simulação, os valores médios cobrados pelo mercado para uma viagem à União Europeia vão depender do tempo de estadia. De um a cinco dias, sai por US$ 48,00. De seis a 12 dias, cerca de US$ 69. E, para temporadas mais longas, por exemplo de 26 a 30 dias, o custo é de aproximadamente US 115.

“O seguro viagem é na verdade um pacote completo de soluções que inclui despesas médico-hospitalares no parâmetro exigido (30 mil euros), indenização por extravio de bagagem, seguro por invalidez e por morte acidental, além de repatriação funerária sem limite de despesas”, aponta Barros de Moura.

Ele lembra que o seguro não é exigência para as demais partes do mundo, mas sempre é bom se prevenir. “Para outros destinos no exterior e até mesmo no caso de viagens nacionais, a contratação do seguro também é importante”.

Transferência de veículo a outra pessoa não impede cobertura de seguro

A Quarta Turma do Superior Tribunal de Justiça (STJ) decidiu que a transferência da titularidade de um veículo não impede a cobertura do seguro automotivo. A turma, ao dar provimento a recurso especial movido por um consumidor, condenou a S. A. T. M. e A. Cia de S. a pagar indenização por não ter prestado seus serviços da forma prevista. A empresa considerou que o consumidor em questão, que teve o carro roubado, teria perdido o direito ao seguro, por ter transferido a propriedade do veículo para outra pessoa sem avisar.

O recurso foi interposto ao STJ por um consumidor de São Paulo com o objetivo de mudar acórdão do Primeiro Tribunal de Alçada Civil paulista, que julgou improcedente o seu pedido e acatou o argumento da S. A. O tribunal de origem entendeu que existiria, sim, perda do direito à indenização no caso de a transferência da propriedade do veículo não ser comunicada à seguradora. Para o STJ, entretanto, “não se justifica tornar sem efeito o contrato de seguro em razão da anuência de comunicação da sua transferência”.

Unilateral

O consumidor, ao recorrer ao STJ, argumentou que a decisão do tribunal paulista contrariou o Código Civil. Disse, ainda, que a apólice não vedava expressamente a transferência do veículo e que não existia, no contrato, cláusula que vinculasse a cobertura à prévia anuência da seguradora. Sustentou, também, a necessidade de as cláusulas restritivas de direito serem de fácil compreensão e de ter redação destacada, além de ressaltar que as apólices não devem conter cláusulas que permitam rescisão unilateral ou que, por qualquer outro modo, subtraiam sua eficácia e validade além das situações previstas em lei.

Para o relator do recurso no STJ, ministro Aldir Passarinho Junior, nesses casos é preciso ser feito um exame concreto da situação trazida a juízo, uma vez que a inobservância da cláusula contratual que determina a aludida comunicação “não elide a responsabilidade da seguradora, que recebeu o pagamento do prêmio”, salvo se comprovada má-fé ou agravamento do risco.

Precedentes

O relator citou precedentes do STJ sobre o mesmo tema, em processos relatados pelos ministros Humberto Gomes de Barros (em recurso especial votado em 30/10/2006), Cesar Asfor Rocha (em recurso especial votado em 12/6/2000) e Nancy Andrighi (em agravo regimental no recurso especial, votado em 25/6/2001). O recurso especial interposto pelo consumidor não foi admitido na instância de origem, mas subiu para o STJ, em agravo de instrumento. No julgamento do STJ, o relator conheceu em parte do recurso no tocante à questão central do pedido. O ministro Aldir Passarinho Junior deu-lhe provimento para julgar procedente a condenação da S. A. ao pagamento da indenização prevista na apólice, em valor a ser atualizado monetariamente e acrescido de juros de mora a partir da data da citação. A votação foi unânime.

sábado, 19 de junho de 2010

Susep diz não à regulamentação de agenciador

Por Márcia Alves

Apresentado ao mercado paulista pelo Clube Vida em Grupo São Paulo (CVG-SP), em almoço realizado dia 10 de junho, Paulo dos Santos definiu a posição da Susep em relação a algumas questões polêmicas, como a necessidade de aperfeiçoamento do PL. 3555/04. Ele também disse que a Susep não apoia a criação de uma seguradora especializada em microsseguro e que não tem a intenção de regulamentar a atividade de agenciador.

Preposto

Paulo dos Santos confirmou que a Susep constituiu em março um grupo de trabalho com a finalidade de propor uma minuta de resolução ao Conselho Nacional de Seguros Privados (CNSP), propondo a regulamentação da atividade, habilitação e registro dos prepostos dos corretores de seguros.

A iniciativa, segundo ele, vai ao encontro do foco de atuação da Susep de melhorar o atendimento aos segurados. "Os corretores e seus prepostos são quem melhor atendem ao segurado, daí a necessidade de a Susep regulamentar essa atividade", justificou.

Tão logo seja concluída a proposta de regulamentação, a mesma será colocada em audiência pública para sugestões do setor. "Ainda que as propostas recebidas sejam contrárias à posição da Susep, posso garantir que serão analisadas internamente", afirmou.

Agenciador

O presidente do CVG-RS, Sergio Rangel, perguntou ao superintendente sobre a posição da autarquia em relação à regulamentação do angariador. Paulo dos Santos esclareceu que a regulamentação da figura do preposto é um objetivo da Susep, porque esse profissional, que atua vinculado ao corretor, lida diretamente com consumidor de seguros, o qual é alvo de defesa da Susep. Mas, o agenciador ou angariador de seguros trabalha para as seguradoras, não cabendo à Susep, segundo ele, interferir nessa relação. "Então, a tendência é que a Susep não regulamente essa atividade", afirmou.

PL 3.555/04

De acordo com o superintendente o Projeto de Lei 3.555/04, atualmente em trâmite no Congresso Nacional, foi analisado por um grupo de trabalho da Susep, que concluiu pela necessidade de aperfeiçoamento do texto. "Ao invés de normas específicas, como sugere o projeto, que podem engessar o mercado, a Susep defende a regulamentação de normas gerais", afirmou.

Microsseguros

Já em relação ao microsseguro, o superintendente revelou a resistência da Receita Federal em aprovar a proposta de regulamentação apresentada pela autarquia. Ele também citou o revés no Congresso, no qual o projeto sobre o microsseguro foi considerado inconstitucional.
"Caso o projeto fosse aprovado, teríamos de regulamentá-lo em pouco tempo, mesmo faltando definir algumas questões técnicas. Por isso, estamos trabalhando para concluir uma regulamentação interna e, ainda que a Receita Federal diga não, acreditamos que o microsseguro será implantado", disse.

Sobre o mesmo tema, o presidente da Chubb Seguros, Acacio Queiroz, pediu ao superintendente que zele pela implantação do microsseguro, sob o risco de este ter o mesmo destino do seguro de acidentes do trabalho, que foi encampado pelo governo. Queiroz lembrou que devido à falta de canais de distribuição adequados, como na Índia, por exemplo, onde a tarefa cabe às cooperativas de crédito, no Brasil, a adoção do canal bancário poderá inviabilizar o microsseguro. Ele ainda comentou que o governo possui o maior cadastro nacional.

Sobre o fato de o governo ter o maior cadastro nacional, o superintendente lembrou que já se pensou em como aproveitá-lo, por exemplo, vinculando o microsseguro ao Bolsa Família. Porém, disse que a Susep não concorda com a criação de uma seguradora especifica para atuar exclusivamente no microsseguro. "Nesse momento, a Susep está voltada para seguros de grandes obras", informou.

Fonte: Midiaseg

segunda-feira, 7 de junho de 2010

Como escolher seu seguro de automóvel

Por Pedro Duarte

Segundo dados da Anfavea (Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos), no acumulado de janeiro a abril, as vendas de automóveis somaram 1,066 milhão de unidades, resultado 18% superior ao visto no mesmo período de 2009, que chegou a ser afetado pela crise financeira mundial. O volume representa mais um recorde - o melhor quadrimestre era o de 2008, com 909,2 mil veículos.

Quanto mais carros novos em circulação, maior a demanda pelos seguros de automóveis. Mas diante de tantas opções que o mercado segurador oferece, qual é a mais indicada, de acordo com o perfil de cada consumidor? Que fatores ou situações podem resultar num bom ou mau negócio?
Em primeiro lugar, deve-se levar em consideração que o seguro de automóvel tem as mesmas coberturas e características em quase todas as seguradoras. Não há como fugir: a primeira variável a se estudar é o preço - elevado recentemente em cerca de 10% a 20% pela maioria das companhias, em virtude, entre outros fatores, do aumento das perdas decorrente das chuvas e da alta sinistralidade no início do ano.

Por exemplo, um homem solteiro, residente em São Paulo pagou em 2009 cerca de R$ 2.100,00 no seguro de um hatch médio (valor entre R$ 30 mil e R$ 25 mil). Em 2010, o preço cobrado pelo seguro chega a mais de R$ 2.500,00. Ou seja, alta de aproximadamente 16%.

Diante dos valores mais altos, a relação custo-benefício se torna mais relevante do que nunca. De acordo com o especialista Carlos Barros de Moura, da BarrosDeMoura & Associados, "o consumidor não pode dispensar a ajuda especializada de um corretor de seguros e solicitar pelo menos três cotações diferentes, antes de tomar sua decisão".

Serviços agregados

É o corretor de seguros que vai explicar em detalhes as coberturas e enumerar os serviços agregados oferecidos aos consumidores - chaveiro, encanador, convênios com estacionamentos e help desk para manutenção de computadores são alguns dos muitos exemplos.
"O mais importante é que não existe uma fórmula mágica. Ao consumidor cabe a pergunta: que coberturas são mais adequadas ao meu perfil e qual é a probabilidade de precisar dos chamados serviços agregados?", indaga Barros de Moura.

Se as chances de recorrer a eles são grandes, é bom ter noção de que as maiores e melhores seguradoras não os oferecem gratuitamente.

Outro conselho valiosíssimo é falar a verdade em todas as perguntas do perfil. E, no decorrer da vigência da apólice, a mudança em qualquer item deve ser comunicada imediatamente à seguradora - até se o consumidor mudou de rua no mesmo bairro.

Nesse caso, se o novo endereço estiver avaliado com risco menor, o que significa um preço mais baixo do seguro, a companhia devolve a diferença, conforme normativa na Susep. Mas como o que vale mesmo é a relação custo-benefício, algumas simulações podem ajudar na decisão. }

Simulações

Para o caso do proprietário de um Palio 1.0 Fire Flex 2008, solteiro, 27 anos, casado, principal condutor do veículo, morador da Zona Leste de São Paulo, que utiliza o carro quando vai à escola e ao trabalho, ambos com garagem, o preço numa seguradora de grande porte ligada a banco para cobertura total (roubo, colisão, incêndio e alagamento) é de aproximadamente R$ 2.750,00

Cotando com outra grande seguradora, que também oferece excelentes serviços agregados, mas trabalha de forma independente - ou seja, não ligada a banco - o valor sobe em mais de R$ 2 mil, com um detalhe: a assistência 24 horas atende apenas dentro de um limite máximo de quilometragem, equivalente a um raio de 100 km do endereço do segurado.

Já com outra companhia, agora média e também independente, o preço sobe em cerca de R$ 1,2 mil, em relação à primeira simulação. O detalhe é que não há limite de quilometragem para assistência 24 horas, embora os serviços agregados sejam bem mais limitados.

Estilo de vida

"Com tanta diferença de preços, a decisão só fica bem embasada se o consumidor estiver muito consciente de seu estilo de vida e da necessidade, ou não, dos benefícios oferecidos pelo seguro", acrescenta Barros de Moura.

Em outras palavras, é o consumidor que deve avaliar se, por exemplo, os serviços agregados e o limite de quilometragem são importantes para deixá-lo mais protegido e tranqüilo.
Assim, a opção do seguro mais adequado passa pela análise detalhada do modo de vida de cada um e pela relação custo-benefício, considerando que, só nas simulações feitas, os preços variaram em mais de R$ 2mil.

"Há seguradoras médias e independentes. com serviços mais limitados, em que o preço do seguro pode cair pela metade. Por isso é preciso pesquisar e contar com apoio especializado. O consumidor deve optar pelo que é melhor para ele, não exatamente pelo que é considerado o melhor dos melhores", enfatiza Barros de Moura.

quinta-feira, 20 de maio de 2010

Pesquisa revela que ramo de pessoas é o mais promissor na visão do mercado segurador

Por Marcia Alves

Se as expectativas dos dirigentes das principais seguradoras do setor forem confirmadas, o futuro da indústria de seguros até 2015 será bastante positivo. Esta é a conclusão do economista e autor do livro "Economia e Seguro - Uma introdução", Francisco Galiza, a partir de pesquisas realizadas em 2008 e 2009 com presidentes de companhias de seguros. O resultado desse trabalho ele apresentou em palestra promovida pelo CVG-SP, nesta quarta-feira, 12 de maio, no auditório do Sindicato das Seguradoras de São Paulo (Sinseg-SP), ocasião em que abordou o tema "Indústria Seguradora do Brasil - Visão Executiva da situação atual e perspectivas para 2015".

Primeira pesquisa, durante a crise

No auge da crise econômica mundial, em dezembro de 2008, Galiza decidiu apurar qual era o pensamento reinante na ocasião entre os principais executivos do mercado segurador e como enxergavam o futuro da atividade. Para tanto, ele enviou um questionário aos presidentes de 25 seguradoras, perguntando desde as suas respectivas projeções de participação do seguro no PIB até os fatores que poderiam influenciar nos negócios até 2015. As respostas revelaram um mercado segurador otimista e afinado com as tendências de crescimento de alguns ramos.

De acordo com Galiza, o bom desempenho de alguns ramos de seguros entre 2008 e 2009 confirmou as projeções do mercado segurador. A maioria dos entrevistados (70%) acertou ao apostar no crescimento do ramo de pessoas. Dados da Susep apresentados pelo economista confirmam que esse segmento arrecadou R$ 12 milhões em prêmios em 2008 e R$ 13,8 milhões em 2009, apresentando um crescimento de 13%. A previdência, incluindo o VGBL, também cresceu, conforme previram os executivos, aumentando sua arrecadação de R$ 31,5 milhões em 2008 para R$ 38,3 milhões em 2009, uma elevação de 22%.

Perguntados sobre qual seria o tamanho do mercado em 2015, 70% dos entrevistados responderam que atingiria entre 4% e 6% do PIB. Além de o mercado caminhar para atingir essa projeção, possivelmente, antes do prazo, Galiza ressalta que esse grande otimismo foi manifestado em plena crise econômica. Em 2008, quase 80% dos presidentes de seguradoras pesquisados, apostaram que as categorias que mais consumiriam seguros nos próximos anos seriam a de pessoas físicas das classes C e D. A maioria elegeu, ainda, como principais canais de distribuição no futuro o corretor, em primeiro lugar, seguido pela Internet e pelo varejo. O grupo também projetou uma queda de preços nos custos de seguros, apontando como única exceção o seguro saúde.

Segunda pesquisa, em 2009

Na segunda pesquisa, realizada no final de 2009, Galiza aumentou o número de entrevistados para 30 e inseriu algumas novas questões. A primeira constatação foi que um ano após a crise o mercado segurador está ainda mais otimista. Desta feita, 77% acreditam num aumento de participação do seguro no PIB e a maioria aposta no crescimento econômico e na melhor distribuição de renda como fatores preponderantes no desempenho do setor.

Sobre a crise econômica, 52% dos entrevistados disseram que suas empresas foram pouco afetadas e 84% acreditam que o setor sairá mais fortalecido desse episódio. Sobre os benefícios da abertura do resseguro, outra questão nova na enquete, as respostas revelaram certo pessimismo. "Após a abertura, o relacionamento com as resseguradoras está positivo. Entretanto, as seguradoras ainda não viram grandes ganhos para o segmento, como novos produtos, preços mais baixos ou ganhos de lucratividade", disse Galiza.

Além de continuar apostando na liderança do ramo de pessoas, os seguradores pesquisados também avaliaram as implicações das recentes fusões no setor. Quase 80% concordam que haverá um aumento na participação de empresas estrangeiras no mercado e que tendência de concentração permanecerá nos próximos anos.

Desafios e dicas

Analisando ambas as pesquisas, Galiza concluiu que a concretização das projeções traçadas pelos executivos dependerá de alguns desafios. O primeiro a ser vencido será a conscientização da população, por meio de campanhas educativas, sobre os benefícios do seguro. Outro desafio será motivar os corretores de seguros a venderem seguros de pessoas e previdência. Nesse sentido, o economista forneceu algumas dicas aos corretores. "Atenção ao "cross-selling". Aproveite as informações que já estão na casa, ou seja, datas de nascimento, estado civil, filhos, classe social dos segurados de automóvel, saúde etc., para elaborar uma apresentação de planos sob medida em ações sazonais".

Como estratégia, ele sugeriu a esses profissionais que realizem um levantamento entre os clientes pessoa física daqueles que possuem seguro de vida e, a partir desses dados, invistam em ações de atualização de capitais segurados. No mailing de clientes pessoa jurídica, seu conselho é a apresentação de proposta de planos complementares de adesão individual para funcionários que desejam aumentar o valor do seguro de vida em grupo concedido pela empresa.
Desenvolver outros canais de distribuição foi outro desafio apontado por Galiza, para qual a questão será resolver a regulamentação da polêmica figura do agente. Por fim, um ponto comum nas pesquisas, que é a necessidade de desenvolvimento de novos produtos, sobretudo em vida individual, Galiza acredita que uma condição importante será a maior flexibilização na legislação em relação à remuneração dos canais de distribuição.

quarta-feira, 12 de maio de 2010

Cursos para o setor de Transportes


O Guia do Transportador Rodoviário de Cargas mantém intensa programação de cursos e treinamentos para profissionais do setor de Transportes por meio de sua “Escola de Transportes”.

O treinamento sobre “Administração de tabela de fretes” acontece no dia 15 de maio. O objetivo é transmitir aos profissionais envolvidos com a formação de preço de frete rodoviário de cargas, o conhecimento e a metodologia básica de apuração de custos relacionados ao transporte de carga com foco na modalidade conhecida como lotação.

O curso tem como foco o dia-a-dia das empresas e vai fornecer as ferramentas básicas para a produção de orçamentos de frete equilibrados e, sobretudo, saber como atualizá-los com base nos principais índices disponíveis no mercado. Este curso se destina também a empresas tomadoras de serviços de transporte rodoviário de carga.

Na semana seguinte, no dia 22 de maio, está programado o curso “Gestão do processo de obtenção de AET (Autorização Especial de Trânsito) para cargas indivisíveis e guindastes”. Assim com o anterior, será ministrado em São Paulo, com duração de oito horas.

O propósito é apresentar aos participantes uma visão geral dos principais requisitos para o planejamento, dimensionamento dos veículos, atendimento aos requisitos legais e operação do transporte de cargas especiais em todo o território nacional, com ênfase no processo de obtenção de AET's.

Para mais informações, acesse o site http://www.guiadotrc.com.br/ e clique no link “Cursos”, onde se encontra toda a programação de cursos e treinamentos do portal.

quinta-feira, 6 de maio de 2010

MetLife comemora resultados e reforça compromisso com corretores

Por Pedro Duarte

Em almoço do Clube dos Corretores de São Paulo, realizado no dia 4 de maio, o diretor Comercial da MetLife, Luiz Barsotti, anunciou lucro de R$ 106 milhões, o que significa um crescimento de 40% em relação a 2008.

"O fruto desse resultado foi todo o realinhamento da MetLife, que passou a se posicionar no mercado como companhia efetivamente parceira dos corretores de seguros", comentou Barsotti.

De acordo com o executivo, a empresa fez alguns estudos e concluiu que, além de ocupar a sétima posição no ranking do mercado brasileiro, a MetLife está em terceiro lugar no segmento de Vida em Grupo, com market share de mais de 26% entre as empresas clientes com mais de 1 mil funcionários.

Nesse contexto, Barsotti reforçou que a MetLife identificou como grande oportunidade para os corretores trabalharem também com as pequenas e médias empresas, desenvolvendo esse mercado que corresponde às organizações com quadro interno entre 50 e 1 mil pessoas.

"Esse é um segmento onde temos cerca de 11% de market share e agora estamos nos preparando, com toda estratégia de produto, serviços e ferramentas para o corretores, visando maior modernidade e agilidade nas cotações para pequenas e médias empresas", complementou.

Resposta positiva

Sobre a entrada da MetLife no segmento odontológico, Barsotti afirmou que nunca viu uma resposta tão positiva, em 17 anos de carreira no mercado de seguros.

"Com apenas um ano de operação, a MetLife vem desenvolvendo hoje uma média de quase 600 cotações mensais de planos odontológicos e mais de 300 mil vidas. É um retorno fantástico a um produto novo, mas isso está alinhado à incrível oportunidade que representa esse mercado".
Ele também noticiou que a Fenacor escolheu a MetLife como plano odontológico para os corretores do Brasil inteiro. Além disso, quase todos os Sincor's onde está a MetLife já assinaram contrato de adesão, caso de Minas Gerais, Bahia, Pernambuco, Santa Catarina e Espírito Santo. As negociações estão avançadas em São Paulo e em fase de assinatura no Rio de Janeiro.

Barsotti lembrou ainda que a campanha Integração 2010 já foi lançada e, em apenas um mês, já conta com adesão de mais de 1.300 corretores.

domingo, 25 de abril de 2010

sexta-feira, 23 de abril de 2010

Seguro de Transportes: dicas para escolher o melhor produto

Por Pedro Duarte

Que diferencial o corretor deve buscar para seus clientes se quiser oferecer o melhor em Seguros de Transportes, considerando o que existe hoje no mercado? De acordo com Carlos Barros de Moura, da BarrosDeMoura & Associados, o principal “está na qualidade e quantidade de serviços disponibilizados pelas companhias”.

Na sua avaliação, “esses serviços devem fundamentalmente tornar os fluxos de trabalho ágeis e simples, reduzindo retrabalhos e custos”.

“O problema é que, no mercado interno, o grande vilão é o enorme volume de roubo de cargas, que encarece toda a cadeia de transportes, aí incluído o seguro. Além disso, a péssima condições de nossas rodovias é um fator a mais na geração de problemas”, acrescenta Barros de Moura.

De qualquer forma, certos diferenciais são valiosos na hora de escolher o produto, tais como: alta capacidade da seguradora de subscrever riscos grandes e complexos, bem como agilidade diferenciada no atendimento de consultas, sempre com transparência e flexibilidade para que o corretor possa garantir ao cliente o melhor negócio disponível e personalizado, com custos atrativos e competitivos.

Barros de Moura reforça mais dois aspectos importantes: capacidade de aceitar riscos em todos os segmentos de mercado, além de serviços de suporte ágeis e eficientes para o corretor e seus clientes.

Planos de gerenciamento

Ele confirma também que os serviços de gerenciamento de riscos, “que não necessariamente se resumem a escoltas e rastreamentos para as cargas e veículos", podem trazer resultados positivos para embarcadores e seguradoras.

“É importante lembrar que há estudos indicando que cerca de 70% dos sinistros no transporte de cargas podem ser evitados com planos eficazes de gerenciamento de riscos”, considera.
Mas, sem dúvida, é preciso qualificação, expertise e capacidade de atuação internacional para corretores que desejam se especializar em Seguro de Transportes.

“Nosso foco na BarrosDeMoura & Associados, por exemplo, está nos embarcadores e somos muito atuantes no comércio internacional. Para apoiar nossas ações, somos muito ativos na participação em entidades desse setor, tanto no Brasil, como no exterior. E, também, estamos integrados a uma rede de corretores distribuída em diversos países”.

sábado, 17 de abril de 2010

Balanço do Congresso Panamericano de Seguros

Por Pedro Duarte

O XXIII Copaprose (Congresso Panamericano de Agentes Produtores de Seguros) aconteceu de 13 a 17 de março, em Buenos Aires, na Argentina com a presença de 1.167 pessoas de 31 países estrangeiros.

Para o presidente do Sincor-SP, Leoncio de Arruda, o evento teve alcance profissional global. "Foi um grande evento, onde a opinião dos líderes de seguros de todo o mundo se fizeram representadas. A Copaprose consegue agregar especialmente os corretores maiores e médios. Os pequenos foram representados por seus líderes que, neste ano, tiveram presença expressiva".
Leoncio acrescenta que os desafios são os mesmos.

"Todos relataram problemas e batalhas semelhantes: contra a venda na internet e em bancos e o fato de o governo cada vez mais avançar na iniciativa privada. Em outras palavras, cada vez mais a comercialização de seguros fica mais parecida em todo o mundo", diz Leoncio.

O presidente do Sincor-SP, que já participou cinco vezes do Congresso, ainda percebeu o reconhecimento internacional sobre o avanço do mercado segurador brasileiro.

"Notei que o Brasil continua se destacando no setor de seguros porque o modelo brasileiro de comercialização e até de reservas técnicas tem sido um exemplo global. Gostei da distinção que tiveram com o Brasil através de mim", completa.

Intenso intercâmbio

O corretor Carlos Barros de Moura, da BarrosDeMoura & Associados, participou pela primeira vez do encontro. Na sua opinião, a programação teve como ponto alto a palestra do finlandês Markku Wileniues, sobre o futuro da indústria de seguros, ao apontar novas demandas em produtos e serviços que devem ser lançados para pessoas da terceira idade.

"No Brasil, cuja população agora tem maior expectativa de vida, o mercado deve se preparar para suprir as necessidades de proteção dessa público, por meio de coberturas inovadoras nos seguros de vida e planos de saúde, por exemplo", comenta.

Sobre o intenso intercâmbio proporcionado pelo Congresso, Barros de Moura afirma que teve a oportunidade de aprender muito com corretores de outros países, pois o evento permitiu a troca de informações sobre a realidade de diferentes mercados.

A delegação canadense mostrou um caminho possível para maior valorização da categoria. A entidade de classe de representação nacional lançou uma campanha de grande repercussão na mídia com o slogan "O seu melhor seguro é o corretor de seguros". "São práticas e experiências desse tipo que podem ser adotadas no nosso país a fim de buscar maior projeção e reconhecimento profissional para o corretor de seguros".

Temas do Congresso

De acordo com o Comitê Executivo do evento, o Copaprose reuniu 22 palestrantes que abordaram temas de grande relevância para o mercado de seguros mundial.

Além do eixo principal representado pelo debate sobre intermediação de seguros (contexto geral e panorama atual em nível mundial), o Copaprose delineou a necessidade de um projeto para o desenvolvimento dos mercados de seguros na América Latina.

Outros assuntos contemplados incluem a experiência dos Estados Unidos, Canadá e Brasil na utilização do lobby profissional; expectativas para a próxima década na relação das seguradoras com os intermediadores; a distribuição de seguros na América Latina e sua proteção nos próximos dez anos, além do futuro da indústria, segundo as tendências econômicas, demográficas e ambientais.

quarta-feira, 14 de abril de 2010

Corretores aprovam nova fase da Marítima

Por Pedro Duarte


Em almoço com a presença de mais de 200 pessoas, promovido pelo Clube dos Corretores, no dia 6 de abril, o vice-presidente da Marítima Seguros, Francisco Caiuby Vidigal Filho, abordou o atual momento de expansão da seguradora, após quase um ano da associação com a Yasuda Seguros.

Na ocasião, o executivo trouxe informações sobre a reestruturação da área de Transportes e, a partir de junho, a comissão de 20% para os corretores sobre o custo das apólices.

Na avaliação do mentor do Clube dos Corretores, Nilson Arello Barbosa, todas essas boas notícias são muito estimulantes e mostram como a Marítima continua investindo fortemente na parceria com os corretores de seguros.

“Há cerca de um ano, os executivos da Marítima participaram de almoço do nosso Clube e anunciaram a associação com a Yasuda. Agora, retornaram para dar o balanço da operação, confirmando tudo o que foi apresentado anteriormente com total transparência”, afirma Nilson.

Para ele, a reestruturação da área de Transportes mostra que a companhia está apostando no crescimento do mercado, oferecendo maiores oportunidades para os parceiros e condições técnicas certamente importantes para toda a cadeia produtiva do setor.

“Sabemos que é um ramo complicado, mas ao juntar o know how da Yasuda com o bom posicionamento da Marítima no mercado brasileiro, só podemos comemorar essa decisão por termos mais uma companhia atuando no ramo de Transportes”, completa.
Sobre o repasse de 20% sobre o custo das apólices para os corretores, Nilson também considera importante, “porque traz benefícios para a categoria, desonerando parte das despesas administrativas”.

Aumento da oferta

O corretor Carlos Barros de Moura, da BarrosDeMoura & Associados, também aprovou as novidades. No caso da área de Transportes da Marítima, ele aponta que “é sempre bom, para todos, o aumento da oferta, principalmente para nós, corretores, sobretudo se a Marítima seguir o modelo consagrado pela Yasuda, que tem presença forte e tradicional no ramo”.

Quanto ao comissionamento de 20%, Barros de Moura considera que qualquer receita é sempre bem vinda. “Creio que há justiça nesse pagamento, uma vez que muito do trabalho das seguradoras foi repassado para os corretores”.

Proximidade

Em seu pronunciamento, Kiko (como é conhecido no mercado) ressaltou que a Marítima não abre mão do relacionamento com os corretores de seguros. “Gostaria de deixar bem claro que nossa proximidade não mudou em nada”.

Ele enfatizou ainda que a que a nova fase capitalizada da companhia resultou em melhores níveis de governança corporativa, sobretudo no que se refere aos controles internos, “que é um dos pontos fundamentais da cultura administrativa japonesa”.

Nesse sentido, Kiko reforçou que as melhorias convergem para ressaltar aspectos já consolidados pela companhia no mercado, como o bom relacionamento externo da Marítima com todos seus parceiros, regulação de sinistros rápida, além de indenizações e comissões pagas com agilidade.

Novos nichos
Reconhecida como companhia que sempre trabalhou com pequenos e médios corretores, Kiko revelou que, agora, a Marítima está mais apta e preparada para atuar também com grandes corretores e em novos nichos, como no segmento de Transportes.

“A nossa idéia é que a área de Transportes, agora reestruturada e com apoio de parceiros especializados, contribua para maior abrangência de nossa operação, trazendo mais negócios e oportunidades, tanto para a companhia, quanto para os corretores”, explicou Kiko.

O executivo informou que a Marítima está avançando também no segmento de grandes riscos. “Estamos mais competitivos nessa área. Melhoramos nossos contratos e estamos trabalhando com três ou quatro resseguradoras de primeira linha. Esse também é um fator que amplia nossa grade de produtos e aumenta nossa produtividade”.

Reflexos positivos

O reflexo de tudo é, segundo Kiko, um crescimento expressivo, já no primeiro semestre de 2010. “Em ramos elementares, tivemos expansão de 35%, em relação ao mesmo período do ano passado”, comemora.

Outro passo decisivo aconteceu no ramo de Automóveis. “No ano passado, alguns corretores reclamaram que nosso preço estava caro e que estava difícil trabalhar com o produto. Isso mudou drasticamente. Agora temos um novo método de tarifação. Hoje vemos que estamos atingindo a sinistralidade desejada com uma produção bem mais interessante e crescimento acima dos 30%, também no primeiro trimestre”.

Kiko ainda falou da importância dos corretores se dedicarem também aos seguros de vida e saúde, que representam uma grande oportunidade num país com estabilidade econômica.

“Na nossa opinião, o corretor deve investir mais no pacote de benefícios. E também é saudável que se associem e se estruturem, ou até se tornem cada vez mais especializados. Tudo isso contribui para a evolução do mercado de seguros nacional”.

quinta-feira, 8 de abril de 2010

Ex-sócios do Pactual vão criar seguradora

Por Altamiro Silva Júnior - Agência Estado

Um grupo de 20 ex-sócios do Banco Pactual resolveu apostar no mercado de seguros. Liderados por Gilberto Sayão, que após a saída do banco, no ano passado, criou a empresa de investimentos Vinci Partners, os executivos acertam os detalhes finais para a criação de uma seguradora que atuará com apólices empresariais e de grandes obras de infraestrutura.
Só os segmentos de grandes riscos e garantias de obras e projetos devem movimentar cerca de R$ 9 bilhões em prêmios no Brasil até 2016.

A nova seguradora deve se chamar Vitrus e começou a ser criada do zero e em sigilo num escritório em São Paulo, conforme apurou a Agência Estado. Estima-se que, para atuar na cobertura nacional de grandes riscos, uma empresa necessite de, no mínimo, R$ 40 milhões em capital, mas dinheiro deve não deve ser problema para a nova seguradora. A empresa de investimentos de Gilberto Sayão e seus sócios nasceu há menos de um ano com nada menos que R$ 5 bilhões de ativos em administração.

Segredo

A estratégia da seguradora é mantida em segredo e ninguém envolvido na operação comenta o assunto. Sayão é avesso a fotos e entrevistas. Segundo duas fontes próximas, os ex-sócios do Pactual ficaram animados com as perspectivas para o mercado de seguros e seu potencial de crescimento, em meio a obras para o pré-sal, Copa do Mundo, Olimpíada, trem-bala e concessões rodoviárias.

Para tocar a Vitrus, foi contratado Carlos Frederico Ferreira, que era diretor da Fator Seguradora, empresa criada há dois anos pelo Banco Fator para a área de crédito e garantias.
Sayão era sócio de André Esteves no Pactual, e a sociedade foi desfeita em meados do ano passado, em meio ao fim do acordo societário do banco brasileiro com o suíço UBS. Os dois sócios estabeleceram uma regra de não competição. Assim, Sayão não poderá criar um banco ou uma corretora. O resto está liberado. É aí que entra a estratégia da seguradora. Gestão de recursos, fundos de participação e assessoria a fusões e aquisições estão entre as outras áreas que a Vinci quer se focar.

A Vinci tem cerca de 20 sócios. Além de Sayão, há outros executivos conhecidos da época do Pactual, como Rodrigo Xavier, que chegou a ser presidente e CEO do UBS Pactual no Brasil, e Alessandro Horta, que foi diretor da gestora de recursos do banco.


Competidores

A criação da Vitrus ocorre em um momento de aquecimento no mercado de seguros de grandes riscos. Em março, a Superintendência de Seguros Privados (Susep) aprovou o início das operações do grupo canadense FairFax no Brasil. Tocado por Jacques Bergmann, ex-diretor da Itaú Seguros, o objetivo da empresa é atuar em segmentos como aeronáutico, seguros marítimos, transporte, energia e petróleo. O grupo também trouxe ao País sua resseguradora, a Odyssey Re, com sede nos EUA. A FairFax nasce com capital de R$ 44,3 milhões.

segunda-feira, 5 de abril de 2010

O futuro do resseguro no Brasil

Por Pedro Duarte

A abertura do mercado de resseguros no Brasil ainda é muito recente - na prática, pouco mais de um ano - e a certeza quando ao potencial do mercado é compartilhada pelos especialistas. Entretanto, se faltam técnicos especializados, é preciso agir rapidamente para investir na formação de pessoal e entrar no jogo com a competência desejada, já que o mercado ainda terá o IRB como protagonista nos próximos anos.

Em resumo, são essas as opiniões de alguns dos principais executivos de resseguro que atuam no país. De acordo com Jorge Caminha, da Guy Carpenter, as incertezas quanto ao futuro do resseguro resultam de décadas em que as seguradoras mal se preocupavam com a aceitação dos riscos, já que o IRB praticava uma política uniforme.

"O IRB aceitava tudo e não rejeitava nem mesmo as apólices trazidas às vésperas do vencimento, para as quais havia as famosas coberturas provisórias", lembra Caminha.

Ele acredita que a fase atual ainda é de transição. "Ainda há muito para acontecer e, dentro de cinco anos , teremos um mercado novo e equilibrado".
Ambiente globalizado

O CEO da Miller do Brasil, Marcio Correa, considera que o mercado brasileiro alimentou muitas expectativas por conta da abertura. Na sua visão, é preciso enxergar, entretanto, que o ambiente brasileiro de seguros está globalizado. Isso significa que a aceitação dos grandes riscos nacionais está sujeita a uma análise contextualizada com o cenário internacional.

"Os preços deixaram de ser mensurados conforme os acontecimentos verificados nos limites territoriais do país", ressalta Correa, acrescentando que "acabou o tempo da conversa e do 'jeitinho', ou seja, sobreviverá aquele que realmente agregar valor para a cadeia produtiva do setor".

Com linha de raciocínio semelhante, o presidente da Swiss Re, Henrique Oliveira, destaca que o Brasil deixou de ser um país imune a desastres naturais, conforme apontam os estudos mais recentes da resseguradora.

As variações climáticas - como o recente período de chuvas que trouxe alta sinistralidade nos seguros de automóvel e agrícola - demonstram claramente que o Brasil está muito mais vulnerável do que antes - e isso impacta diretamente no preço do seguro e do resseguro.

Nesse cenário, o executivo da Swiss Re acredita que as resseguradoras estrangeiras estarão cada vez mais aptas para atuar no Brasil. Mas, ele aposta na força do IRB-Brasil Re, "que deve se manter na liderança do mercado ". Apesar de 2005 ter ficado marcado por grandes catástrofes, elas não arrefeceram nos últimos anos, pois um estudo da companhia apontou 2008 como um dos piores anos nesse tipo de desastre natural. A boa notícia, segundo ele, é que "o mercado de resseguros já recompôs suas perdas".

Por tudo isso, não faltará capacidade de resseguro para os grandes projetos, como obras do PAC e os grandes eventos esportivos de 2014 e 2016, sobretudo nas áreas de engenharia e riscos financeiros. "O resseguro não está em queda, mas em fase ascendente", reforça.

O papel dos técnicos

Para Marcos Aurelio Couto, presidente da ACE, a decisão da companhia de entrar no mercado de resseguros do Brasil é global e estratégica. "Tendo em vista os negócios gerados pelos muitos investimentos em infraestrutura no país esperados para os próximos anos, haverá muito espaço para crescimento. Por isso, a ACE decidiu atuar em todas as frentes de resseguro", explica Couto.

Ele enfatiza, porém, que o futuro do resseguro está também nas mãos dos técnicos especializados. "Eles precisam despertar para a tendência de revalorização da atividade trazida pela abertura do mercado".

Couto acredita que, no futuro, esses profissionais serão cada vez mais disputados, como ocorre no mercado londrino, onde só podem mudar de empresa depois de cumprirem um período de "quarentena". "O próprio mercado incentivará a ascensão dos técnicos, elegendo os melhores em cada área", prevê.

Na visão do executivo, o IRB-Brasil Re enfrentará acentuada concorrência com o expertise consolidado das resseguradoras estrangeiras, mas deve se modernizar e se fortalecer para atuar em nichos, como o agrícola, crédito a exportação, habitacional, entre outros. "Uma empresa estatal é necessária nessas áreas para provocar a queda de taxas", aponta Couto.

A importância da subscrição de riscos é o ponto destacado por Rodrigo Protasio, diretor da Associação Brasileira de Corretores de Resseguros (Abecor-Re), e daí a necessidade de ter bons técnicos de seguros como um dos fatores convergentes para o desenvolvimento do mercado brasileiro de resseguros.

Protasio também coloca o IRB-Brasil Re em posição de destaque nos próximos anos, mas desde que o ressegurador amplie sua atuação fora do país.

Ele acredita no crescimento do mercado de resseguros brasileiro não apenas por conta dos investimentos previstos em infraestrutura,mas também por causa da expansão de outros negócios, como petróleo e fontes de energia renováveis, além do ramo de saúde, que por ser regido por legislação distinta, impede as operadoras de comprar diretamente o resseguro.


"A legislação precisa ser revisada, porque isso não faz sentido", reforça, convocando todos os agentes da cadeia produtiva do setor a investir na formação de pessoas e a utilizar a criatividade para desenvolver produtos inovadores, além de novas estruturas de operação e de subscrição.

"Nossa missão é ampliar e consolidar esse mercado, de forma competente, para torná-lo forte e capaz de exportar inteligência, transformando o Brasil no centro de resseguros da América Latina".