O índice de roubos ou furtos impacta o preço da apólice dependendo do modelo do veículo
Em
2013, o número de roubos ou furtos de veículos no estado de São Paulo foi o maior
em 12 anos: 99.206 casos, 14% a mais que em 2012.
Os
dados da Secretaria de Segurança Pública de São Paulo afetam a vida dos
motoristas da capital paulista de duas formas: além do medo da violência
crescente, o valor das apólices de seguros de automóveis pode dobrar dependendo
da frequência dos sinistros no bairro onde mora o segurado.
A
relação entre preço do seguro e número de roubos ou furtos, no entanto, não é
tão simples. É preciso levar em consideração se o modelo é visado na região,
valor das peças e taxa de recuperação do veículo, entre outros.
Para
exemplificar o impacto nos preços, foi usada uma simulação com a média de
valores de 13 seguradoras, para o perfil de homem casado, com 40 anos, sem
filhos em casa, com garagem fixa e que não utiliza o veículo para o trabalho. Foram considerados três distritos de São Paulo: São
Mateus, onde há o maior número de roubos ou furtos, Jaçanã, 47º, e Sé, 89º numa
lista com 93 localidades.
O
seguro de um Fiesta 0Km sai por R$ 2,5 mil em São Mateus, contra R$ 1,7 mil na
Sé, uma variação de 48,5%.
Em
Jaçanã, o valor é próximo ao bairro central: R$ 1,6 mil. Segundo a tabela FIPE,
o carro custa R$ 37,5 mil.
Já
o Fusion, também produzido pela Ford, é vendido por R$ 115 mil. O seguro do
modelo não varia: R$ 2,3 mil nos bairros mais e menos perigosos. No meio-termo,
ele fica um pouco mais barato, R$ 2,2 mil.
Por
sua vez, o Agile, da Chevrolet, pesa R$ 1,3 mil no bolso do motorista residente
da Sé. Em São Mateus, bairro distante em que um automóvel se faz mais
necessário, o valor aumenta para R$ 2,3, um acréscimo de 86%. O modelo custa R$
37 mil.
Para
o morador da Zona Leste, o Sonic, da mesma fabricante, pode ser um investimento
mais interessante no longo prazo. Por R$ 46 mil, o seguro é semelhante ao carro
mais econômico na Sé, mas cai para R$ 1,8 mil em São Mateus.
Em
geral, carros mais custosos são menos visados para roubo, mostram as pesquisas.
O
Bravo da Fiat (R$ 64,3 mil) tem o seguro avaliado em R$ 2,2 em São Mateus e R$
1,8 na Sé – a vantagem aqui fica com Jaçanã, no valor de R$ 1,5. Já o Linea (R$
54 mil), da mesma Fiat, cai de R$ 2,7 mil na Zona Leste para R$ 1,3 no Centro,
menos da metade.
Isso
ocorre porque as peças dos veículos mais baratos podem ser usadas em outros
modelos da mesma marca, algo raro em automóveis mais caros. Em complemento,
como há mais deles em circulação, a polícia tem dificuldade para recuperar os
carros populares.
Por
isso, o importante na hora de fazer um seguro é procurar uma corretora que
trabalhe com diversas companhias do setor. Além das variações de locais, idade
e modelo, as seguradoras também oferecem vantagens diferentes entre si, pois às
vezes uma seguradora tem mais problemas numa região que outra, então é preciso
fazer simulações com diversas empresas e encontrar a melhor proposta para seu
bolso.
FONTE:
COMUNIQUE-SE
Carlos Barros de Moura,
BDM&A - Barros de Moura EXPERTISE
EM SEGUROS