quarta-feira, 30 de abril de 2014

PORTO DE SANTOS REGISTRA RECORDE SEM CONGESTIONAMENTOS


 
Marca mensal de 10 milhões de toneladas é a primeira a ser superada no primeiro semestre do ano
  
O Porto de Santos registrou recorde na movimentação de cargas no mês de março. A soma foi de 10,4 milhões t, ficando 11,1% acima do mesmo período do ano passado. O diretor presidente da Codesp (Companhia Docas do Estado de São Paulo), Angelino Caputo e Oliveira, destacou que a performance foi obtida, principalmente, pelo desempenho dos embarques de soja, que apresentaram um crescimento de 40% sobre o volume embarcado nesse período do ano passado e sem a ocorrência de congestionamentos no trânsito. Essa é a primeira vez que a marca mensal de 10 milhões de toneladas é superada no primeiro semestre do ano.

O complexo soja se destacou na movimentação mensal, que já é a quarta melhor da história do porto, registrando 3,7 milhões de toneladas no mês e somando no trimestre 5,8 milhões de toneladas. As exportações se destacaram com um aumento de 12,1% em relação a março do ano passado e 0,4% no acumulado do trimestre. O segundo produto mais exportado foi o açúcar. As importações também apresentaram crescimento, que chegou a 8,6% no mês e 2,6% no trimestre. Nos dois fluxos de comércio, a carga geral conteinerizada apresentou um aumento de 3,9% no mês e 7,4% no trimestre.

O número de navios cresceu 4,8% no mês em relação a 2013 (485 contra 463 embarcações), mas manteve redução no trimestre, com queda de 1,7% (1.315 navios em 2013 e 1.292 em 2014). Quanto à balança comercial, Santos somou US$ 26,9 bilhões, 24,1% do total da Corrente de Comércio brasileira (US$ 111,3 bilhões). As importações chegaram a US$ 14,2 bilhões e as exportações US$ 12,7 bilhões.

FONTE: Guia Marítimo
Carlos Barros de Moura
BDM&A - Barros de Moura EXPERTISE EM SEGUROS

terça-feira, 29 de abril de 2014

CRESCE O ROUBO DE CARGAS NAS RODOVIAS




 

A região Sudeste concentra a maior parte das ocorrências, com quase 82% dos roubos. Entre os estados, São Paulo lidera o ranking, com 52,4%


Balanço parcial da Associação Nacional de Transporte de Cargas e Logística (NTC&Logística) aponta que, em 2013, foram registradas 15,2 mil ocorrências de roubo de cargas nas rodovias brasileiras. O número é 5% maior que o total de 2012, quando foram 14,4 mil casos, e o prejuízo financeiro deve totalizar R$ 1 bilhão, contra R$ 960 milhões do ano anterior.

A região Sudeste concentra a maior parte das ocorrências, com quase 82% dos roubos. Entre os estados, São Paulo lidera o ranking, com 52,4%. Os principais alvos dos criminosos são produtos alimentícios, cigarros, eletroeletrônicos e farmacêuticos.

Ainda segundo a NTC&Logística, 70% dos ataques de criminosos se concentram em áreas urbanas, durante coleta e entrega de mercadorias. Os outros 30% são em rodovias. Apesar disso, segundo o coronel Paulo Roberto de Souza, assessor de segurança da instituição, o prejuízo, no segundo caso, é maior devido à quantidade e ao valor das mercadorias. Ele explica também a forma de ação das quadrilhas: “nas áreas urbanas, os criminosos agem em semáforos, postos de entrega e invadindo depósitos de carga, que estão se transformando em verdadeiras fortalezas. Nas rodovias, eles implementam estratégias para paralisar os veículos, desde falsas barreiras policiais até abordagens em movimento e enfrentamento policial”.

Frete Para se proteger das ações criminosas, empresas de transporte investem cada vez mais pesado em estratégias de segurança privada, como seguro para a mercadoria e para o caminhão, equipamento e pessoal para fazer o rastreamento e até escolta.

Conforme o diretor técnico da NTC&Logística, Neuto Gonçalves dos Reis, o custo operacional do transporte tem um aumento médio de 7,7% quando não há escolta. Do contrário, o valor cresce cerca de 12,5%. A elevação é repassada para o preço final do frete e, como consequência, para o preço final das mercadorias. “A necessidade de gerenciamento de risco devido às condições precárias de segurança é grande, não tem como deixar de ser cobrado”, explica ele.

Conforme o coronel Paulo Roberto de Souza, quatro medidas são consideradas essenciais para enfrentar o problema da criminalidade: “legislação adequada, estrutura de inteligência policial compatível com o tamanho do problema, prioridade no combate à receptação e gerenciamento de risco pelas empresas”. Segundo ele, o Congresso Nacional deve acelerar a apreciação de projetos de lei que já tramitam na Câmara e no Senado, e o Executivo precisa regulamentar a Lei Complementar 121/2006, considerada prioridade.

A norma, que cria o Sistema Nacional de Prevenção, Fiscalização e Repressão ao Furto e Roubo de Veículos e Cargas, foi aprovada há oito anos, mas ainda espera um posicionamento do governo federal.

Outros projetos de lei que merecem atenção do legislativo buscam disciplinar o funcionamento de desmanches e agravar a punição por crimes de roubo e receptação, estabelecendo também a perda do CNPJ para estabelecimentos flagrados comercializando mercadorias roubadas.

FONTE: Diário do Litoral

Carlos Barros de Moura
BDM&A - Barros de Moura EXPERTISE EM SEGUROS 

segunda-feira, 28 de abril de 2014

GESTÃO REDUZ CUSTO DAS EMPRESAS COM SAÚDE



Na medida em que os planos de saúde para pessoa física continuam perdendo espaço para os corporativos, o papel das empresas na assistência médica tem crescido. Dentro dos departamentos de recursos humanos, os gastos com saúde são os segundo maiores - atrás apenas dos salários - e representam cerca de 10% da folha de pagamento.
Nesse cenário, os gestores de grandes empresas têm lutado para reduzir os custos assistenciais por meio de ambulatórios eficientes, gestão de doentes crônicos, bancos de dados elaborados e outras medidas. "As empresas muitas vezes acham que contratar um plano de saúde é suficiente. Mas não adianta delegar a responsabilidade", diz Milva Gois, diretora do grupo de saúde corporativa da Associação Paulista de Recursos Humanos e de Gestores de Pessoas (AAPSA).
Como os funcionários estão dentro das empresas por grande parte do tempo, e as companhias contam com todas as informações sobre a saúde dos colaboradores, há grande espaço para uma gestão "mais adequada" em prol da saúde dos funcionários, afirma Milva.
Na visão dela, muito da medicina ocupacional, que as empresas cumprem por obrigação legal, poderia ser aproveitada para aprimorar a saúde dos colaboradores. "Elas fazem pura e simplesmente pela obrigação. Mas esses exames ocupacionais levantam uma série de dados, que poderiam ser utilizados para implantar programas de saúde muito mais ricos", acrescenta.

A parcela de beneficiários com planos de saúde empresariais chegou a 78,7% em setembro de 2013, segundo dados da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS). Dez anos atrás, a parcela de pessoas com planos corporativas era de 60,9%.

Além do crescimento dos planos empresariais em relação aos de pessoas físicas, o montante gasto pelas empresas tem crescido por conta da inflação médica. Em 2008, as companhias gastavam o equivalente a 9,31% da folha de pagamento em saúde, segundo a consultoria Mercer Marsh, especializada na análise de benefícios de recursos humanos. Para este ano, a estimativa é que a parcela de gastos fique em torno de 11,4%.

A alta da parcela gasta com assistência médica pelas empresas é fruto da inflação médica, que fica entre 7 pontos percentuais acima da taxa de inflação oficial, diz o consultor sênior da área de saúde corporativa da Mercer Marsh, Francisco Bruno. Quer dizer, enquanto a inflação oficial fica perto de 6%, a médica chega a 13% ou mais. Para Francisco, essa alta acompanha a incorporação de novas tecnologias e procedimentos que são incluídos anualmente nas obrigações dos planos de saúde, que por sua vez acabam repassando os novos custos.

Gestão de saúde populacional

Para enfrentar a disparada dos gastos médicos, grandes empresas têm investido no que se chama de gestão de saúde populacional. A metodologia consiste em dividir determinada população - como a de uma empresa - em diferentes grupos de risco para que se possa fazer a prevenção adequada das doenças, evitando tratamentos emergenciais de casos graves, que são os de maior custo.
Como os planos de saúde corporativos são reajustados anualmente de acordo com a frequência do uso de tratamentos médicos - para planos de pessoa física esse reajuste não é permitido -, as empresas têm um forte estímulo financeiro para racionalizar a demanda por atendimento.
Uma entidade que trabalha para propagar práticas eficientes nesse sentido é a Aliança para a Saúde Populacional (Asap), composta por 34 empresas de grandes porte. "Campanhas para desestimular o fumo, o sedentarismo e evitar a obesidade estão entre as mais comuns", afirma o presidente da entidade, Paulo Marcos Senra Souza, que também é executivo da Amil.
Exemplo disso, as empresas que proibiram o fumo em certas áreas acabam conseguindo reduzir muito as consequências da prática, diz ele. "Elas diminuíram a chance de câncer em vários órgãos, doenças pulmonares, agravamento de asma e vários outros problemas."

Outro fator que preocupa é o envelhecimento da população, diz o executivo. "Em 2013 serão 30 milhões de pessoas no Brasil com mais de 60. Em 2050, a terceira idade será maior que os com menos de 18 anos. O que fazemos para garantir um envelhecimento saudável dessas pessoas?"
Doentes crônicos
Dentro do raciocínio da gestão de saúde populacional, o foco na gestão de doentes crônicos, como os diabéticos ou hipertensos, tem trazido resultados fortes. "Nos primeiros dois anos, consegue-se reduzir de 10% a 15% os custos com esses doentes. É um valor alto, já que essa parcela da população representa quase um terço dos custos", afirma Michel Daud, do conselho diretor da Asap e que foi gestor de saúde da Telefónica Vivo por 28 anos.
Segundo ele, o objetivo é tratar o paciente antes da internação, já que cada uma chega a custar entre R$ 30 mil e R$ 40 mil no caso de um doente crônico. Outra técnica defendida por Daud é o índice de resolução dos casos.

Para Michel Daud, pode ser melhor optar por um tratamento que inicialmente é caro, mas que cura o paciente, do que por outro que posterga a solução do caso e pode terminar em uma internação.
Na Siemens, uma das iniciativas de gestão de saúde populacional é o acompanhamento dermatológico. "O câncer de pele é o tipo mais comum no País. Com o programa temos diminuído o número de casos de câncer de pele", diz a gerente de medicina da Siemens no Brasil, Maria Cristina Nader. Ela ressalta que a análise de pintas nos ambulatórios da empresa leva à remissão completa do quadro, em certos casos.

Com cerca de 22 mil vidas, entre colaboradores e dependentes, a Siemens do Brasil também aposta em gestão de crônicos, ambulatórios, exames para rastreamento precoce de doenças, acompanhamento de especialistas e outros. "O primeiro passo é sempre conhecer a população, e de preferência não deixar que as pessoas adoeçam. Caso contrário, o diagnóstico deve ser o mais rápido possível. Essa é a filosofia." 

FONTE: 28/04/2014 - DC Roberto Dumke

Carlos Barros de Moura
BDM&A - Barros de Moura EXPERTISE EM SEGUROS

 

INDENIZAÇÕES PAGAS PELO DPVAT AUMENTARAM 94% EM CINCO ANOS



Dados da Seguradora Líder, administradora do seguro obrigatório de veículos automotores (Dpvat), mostram que nos últimos dois anos foram registrados por dia mais de 1 mil acidentes de trânsito no Brasil durante a Semana Santa. As estatísticas levam em consideração as indenizações pagas pelo seguro nas coberturas de morte, invalidez permanente e de reembolso de despesas médicas e hospitalares.
A seguradora ainda não tem o levantamento deste ano. Mas, só as rodovias federais registraram 2.726 acidentes, com 136 mortes e 1.600 feridos no feriado prolongado (cinco dias). Já nas estradas paulistas morreram 38 pessoas em 1.185 acidentes, 11,6% acima dos desastres notificados em período igual do ano passado.
Pelos dados da Seguradora Líder, só em 2013 foram efetuados 4.742 pagamentos para acidentes que aconteceram durante a Páscoa. Sobre 2009, portanto em relação a cinco anos atrás, o número de sinistros praticamente dobrou, com crescimento de exatos 94,4%. E chama a atenção para o aumento exponencial do número de acidentes envolvendo motocicletas.
Na série histórica da Semana Santa dos últimos cinco anos, as indenizações pagas para acidentes envolvendo o veículo de duas rodas cresceram 122,5%. Ou seja, de 1.589 para 3.535 casos. Quando é analisada a quantidade de pagamentos apenas para as indenizações de invalidez permanente, os dados chamam ainda mais a atenção. De 994 pagamentos em 2009 para 2.591 em 2013, o que representou aumento de 160,7%.
Na cobertura de morte, os números da Seguradora Líder sobre indenizações pagas em acidentes fatais mostram que houve evolução de 23,6% nos últimos cinco anos. De 444, em 2009, para 549, em 2013. Dos óbitos registradas no ano passado, 54,5% aconteceram na quinta-feira e no domingo. Sábado foi o dia com menos registros de acidente fatal, com 22,4%.

Perfil

Os homens foram os mais indenizados durante o feriadão. Eles receberam 77% das indenizações pagas. A faixa etária com maior incidência de acidentes foi a de 18 a 34 anos, totalizando 53,7% dos pagamentos de ambos os sexos. Na análise pelas indenizações pagas por morte, o percentual de vítimas masculinas aumenta para 80%.
O Nordeste foi a região com maior número de indenizações pagas por acidentes ocorridos na Semana Santa de 2013, apesar de sua frota representar 16,2% da frota nacional. Diferentemente de 2012, quando o
Sudeste liderava o número de indenizações pagas por morte, em 2013 o Nordeste foi a região com o maior número de acidentes fatais, chegando a 189 (34,4%). O Sudeste ficou em segundo lugar, com 175 pagamentos (31,9%).
O estado com mais pagamentos de indenizações por morte foi São Paulo: 78 casos, o que representou 44,6% da Região Sudeste e 14,2% de todas as indenizações desse tipo pagas no País. O segundo estado com mais benefícios por morte pagos foi Minas Gerais, que representou 9,2% do total brasileiro. No Nordeste, a Bahia é o estado com mais mortes indenizadas pelo seguro Dpvat, concentrando 23,3% da região e chegando a 44 óbitos, sendo sua frota 24% da região.

FONTE:
25/04/2014 - JORNAL DO COMMERCIO - RJ
Carlos Barros de Moura
BD&A - Barros de Moura EXPERTISE EM SEGUROS

sexta-feira, 25 de abril de 2014

SENADO APROVA PROJETO QUE REGULA ATIVIDADE DE DESMANCHE DE VEÍCULOS





Lei de autoria do deputado federal Armando Vergílio (SDD-GO) tem como objetivo combater roubo e furto de automóveis
Na última quarta-feira, o Senado Federal aprovou o Projeto de Lei 23/11, que regula a atividade de desmanche de veículos no País e tem como objetivo combater roubos e furtos de automóveis. O projeto é de autoria do deputado federal Armando Vergílio (SDD-GO), que também é presidente da Fenacor (Federação Nacional dos Corretores de Seguros Privados e de Resseguros, de Capitalização, de Previdência Privada, das Empresas Corretoras de Seguros e de Resseguros).
Para o deputado, o projeto irá reduzir significativamente o número de veículos furtados ou roubados. “Cerca de 95 % dos roubos e furtos de automóveis servem para abastecer o mercado ilegal de peças, que tem nos desmanches a sua grande fonte de matéria prima”, afirma Vergílio. “Se não houver mais uma demanda ilegal e sim um segmento regulado, fortemente fiscalizado pelo Estado, a segurança pública terá uma melhora sensível”.
O texto, que agora seguirá para sanção da Presidência, deverá entrar em vigor em 2015. As empresas do setor terão até três meses para adaptação à lei.
O projeto determina a criação de um banco de dados que vai registrar todas as peças retiradas dos veículos desmanchados e informações sobre o destino final da peça (reposição ou sucata). O banco de dados ficará a cargo do Conselho Nacional de Trânsito (Contran), que vai regulamentar a lei
“Recentemente, uma lei semelhante levou a uma queda de 50 % no roubo de veículos na Argentina”, diz Vergílio. “O mesmo pode acontecer no Brasil, muito rapidamente”.

FONTE: 24/04/2014 – REVISTA COBERTURA MERCADO DE SEGUROS

Carlos Barros de Moura
BDM&A - Barros de Moura EXPERTISE EM SEGUROS 

REGRAS DE YORK – ANTUERPIA – AVARIA GROSSA


Avaria Grossa - motivo para não embarcar sem seguro

As regras de York-Antuérpia foram criadas inicialmente no ano de 1864 na cidade de York, sendo que no ano de 1877, na cidade de Antuérpia, após serem debatidas, foram concretizadas e passaram a vigorar com o nome de York-Antuérpia, sendo utilizadas no comércio internacional para regulação de avarias grossas.
Por mais de cem anos as regras de York-Antuérpia regulam as perdas e despesas nos casos de avaria comum ou grossa.
As regras de York-Antuérpia são formadas por regras letradas e numéricas.
As regras letradas determinam o que é um ato de avaria grossa, definindo seus fundamentos e sua natureza, assim como, a culpa e as despesas em substituição. As regras numéricas são exemplificativas, incluindo e excluindo os danos e os gastos, tais como as matérias de deduções, depósitos, juros e bonificações.
As empresas envolvidas com o comércio internacional devem prestar atenção aos riscos que embora pareçam remotos, são passíveis de acontecer e podem causar enormes prejuízos aos importadores e exportadores, como na situação de uma Avaria Grossa.
No Direito Marítimo, Avaria Grossa significa todos os danos ou despesas extraordinárias decorrentes de um ato intencional, efetuado para a segurança do navio e suas cargas, em uma situação de perigo real e iminente, com o intuito de evitar um mal maior a expedição marítima.
Sendo reconhecida a Avaria Grossa pelas autoridades competentes, todas as despesas geradas com o salvamento do navio e cargas serão rateadas proporcionalmente entre os proprietários das cargas embarcadas no navio.
Dois regimes regulam tal instituto jurídico: O Código Comercial e as chamadas Regras de York-Antuérpia.  O Código Comercial é uma lei nacional positiva de eficácia plena em todo o território nacional. As Regras de York-Antuérpia são normas criadas no âmbito internacional com o único objetivo de integrar os   contratos   de  transporte  e  unificar  as  resoluções  dos  problemas relacionados com Avaria Grossa.
Algumas Situações de Avaria Grossa
a) Um navio transporta carga no convés e sob mau tempo, o Capitão, verificando que a Estabilidade do navio está comprometida, podendo haver naufrágio, ordena soltar a carga no mar, em uma ação deliberada do comando, em benefício do  navio e de eventuais cargas restantes.
Nesta situação real de Avaria Grossa, os prejuízos existentes serão rateados entre todos os embarcadores com cargas naquele navio, proporcionalmente ao frete pago.
b) As mercadorias no porão do navio se incendeiam e o Capitão usa todos os recursos e meios disponíveis para apagar o fogo, utilizando inclusive água, que atinge mercadorias não alcançadas pelo incêndio.
As avarias causadas pelo fogo devem ser consideradas avarias simples, pois o incêndio pode ter sido provocado por qualquer causa, menos em benefício comum. Já as avarias causadas pela água, são Avarias Grossas, pois foram causadas por medida deliberada com o objetivo de diminuir e apagar o fogo, portanto em benefício de todos.
A deliberação para cometimento de um ato caracterizado como Avaria Grossa deve ser tomada pelo Capitão, consultando os principais membros da tripulação, tais como o Imediato, Chefe de Máquinas e todos aqueles que tenham real importância no navio. Nessa deliberação, o Capitão, segundo o poder que lhe é atribuído pelo Código Comercial, pode ser contrário à decisão da maioria e pela sua autoridade, devendo, porém, indicar os motivos na Ata de Deliberação que era lavrada no Diário de Navegação. 
O Protesto Marítimo só será lavrado após o término da faina (trabalho da tripulação do navio) e constatação das avarias, devendo ser registrado junto à Autoridade do Porto mais próximo ou de escala do navio e que o Tribunal Marítimo julga o ato, podendo ser favorável ou não ao Armador.
As despesas resultantes de Avaria Grossa estão cobertas pelo seguro de transporte internacional. Portanto, os embarcadores que possuírem apólice de seguro estarão garantidos; porém, os embarcadores que não contrataram seguro terão que arcar com os valores definidos no rateio das despesas, além da possibilidade também da perda de suas mercadorias.A recomendação é sempre embarcar com seguro de transporte internacional, afinal o seguro é um grande investimento para proteção dos interesses dos embarcadores a um custo insignificante diante dos valores das cargas.
Autor: Osvaldo Fernandez Gomes
Carlos Barros de Moura
BDM&A - Barros de Moura EXPERTISE EM SEGUROS