sexta-feira, 29 de agosto de 2014

SEGURO FIANÇA LOCATÍCIA E A LIBERDADE DE CONTRATAÇÃO




Um novo projeto de lei em trâmite na Câmara dos Deputados (PL 7174/14) propõe ao locatário a livre escolha do corretor de seguros na contratação da apólice exigida como garantia nos contratos de aluguel. De autoria do deputado Beto Albuquerque (PSB-RS), a proposta altera a Lei do Inquilinato (Lei 8.245/91), exigindo apenas que o corretor esteja registrado na Susep e não seja, necessariamente, indicado por locador ou imobiliária.

De acordo com o parlamentar, o seguro tem sido cada vez mais exigido nos contratos de locação, substituindo o papel do fiador. "É comum que empresas do ramo imobiliário celebrem acordos com corretores de seguros, deixando o locatário à mercê quanto aos valores e condições de pagamento. Ou seja, estão praticando uma espécie de venda casada", ressalta Albuquerque.

Segundo a Agência Câmara, o contrato de locação não é entendido como uma relação de consumo, por isso o locatário não está protegido pelo Código de Defesa do Consumidor nos casos de abuso. O projeto tramita apensado ao PL 693/99 e está sob análise da Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania, devendo seguir para votação em plenário.

Como no Brasil há uma compulsão por novas leis, sem a menor preocupação com sua eficácia, não cremos que mais uma lei vá resolver a questão.

A verdadeira questão é que a liberdade de contratação é uma garantia dos cidadãos.

Já temos muitas leis sobre venda casada ou imposições sobre os cidadãos.

Outro ponto nesse caso do SEGURO FIANÇA LOCATÍCIA está na companhia seguradora, pois sua solidez econômico-financeira é fundamental para o beneficiário do seguro.

Por isso, perguntamos quem vai desatar esse nó?

Carlos Barros de Moura,
BDM&A - Barros de Moura EXPERTISE EM SEGUROS

quinta-feira, 28 de agosto de 2014

PEDESTRES SÃO AS MAIORES VÍTMAS DE ACIDENTES DE TRÂNSITO NO MUNDO



Andar a pé é o meio de transporte mais comum no mundo, pois representa até 50% dos deslocamentos em áreas urbanas e quase todos os motoristas são pedestres em algum momento de sua jornada. No entanto, os pedestres são o grupo mais vulnerável dos participantes do trânsito. Mais de 20 mil pedestres morrem anualmente em todo o mundo.
No Brasil, a frota de veículos mais do que duplicou desde 1998, mas o desenvolvimento da segurança rodoviária progrediu mais lentamente do que a motorização. Os pedestres brasileiros representam entre 28% e 36% de todas as mortes em acidentes rodoviários. O número é grande se comparado à Holanda, que tem a menor proporção de mortes de pedestres entre os países da União Europeia, 10%, ou mesmo aos 17% registrados nas vias americanas.
No Brasil, a frota de veículos mais do que duplicou desde 1998, mas o desenvolvimento da segurança rodoviária progrediu mais lentamente do que a motorização. Os pedestres brasileiros representam entre 28% e 36% de todas as mortes em acidentes rodoviários. O número é grande se comparado à Holanda, que tem a menor proporção de mortes de pedestres entre os países da União Europeia, 10%, ou mesmo aos 17% registrados nas vias americanas.
Entretanto, o Brasil está em situação menos grave se comparado a países como Mianmar, que tem a mais alta proporção de mortes entre pedestres, e Índia, cujos usuários vulneráveis, incluindo pedestres, ciclistas e outros não-motoristas correspondem ​​por cerca de 60% de todas as mortes em áreas urbanas. E o melhor, entre os usuários de estradas no Brasil, os pedestres são o único grupo que apresenta taxas de mortalidade em consistente declínio. 

O “X” da questão
Morrer em um acidente com um carro a 30 km/h é 80% menos fatal para um pedestre que a 50 Km/h. A verdade é que um pedestre tem 90% de chance de sobreviver se for atingido por um carro a 30 km/h, menos de 50% de chance a 45 km/h e quase nenhuma chance se for atingido por um veículo a 80 Km/h. Outro ponto interessante é que ao contrário do que se pensa, a ingestão de bebida alcoólica não é um problema somente para motoristas. Estudos mostraram presença de álcool no sangue de 90% dos pedestres feridos em acidentes.
A situação é ainda é mais grave em países de renda baixa e média, onde 84% das estradas não têm calçadas. Bangladesh, cuja taxa de morte de pedestres em acidentes alcança 50%, não tem calçadas em 80% das vias, o que força as pessoas a andarem nos acostamentos. A construção de 75 quilômetros de calçadas em uma única estrada poderia evitar mais de 3 mil mortes e ferimentos graves. A estrada que liga as cidades de Daca e Sylhet foi avaliada pelo Programa de Avaliação Rodoviária Internacional (IRAP, na sigla em inglês) como a estrada mais mortal do mundo. A taxa de morte é 10 vezes maior do que nas estradas de alto risco da Grã-Bretanha.
FONTE: Revista Apólice
Carlos Barros de Moura,
BDM&A – Barros de Moura EXPERTISE EM  SEGUROS

quinta-feira, 21 de agosto de 2014

SEGURO AVANÇA NO INTERIOR E PESA NO BOLSO DO SEGURADO



 
Venda do serviço fora da capital já representa mais de 50% no segmento de veículos e ajuda a engordar caixa do setor. Em algumas cidades, custo supera o da Grande BH

A contratação de seguros para proteger o carro contra furtos, roubos e acidentes é um peso anual no orçamento do consumidor das grandes cidades, mas a fatura ganha força também nas despesas do motorista do interior. A multiplicação da frota nas pequenas cidades e a aceleração da renda e da violência acentuaram os gastos com proteção e, em alguns casos, os consumidores das pequenas cidades chegam a arcar com custos parecidos ou até maiores que na Grande BH. As vendas no interior do estado já representam fatia superior a 50% no segmento de automóveis, segundo cálculos do Sindicato das Seguradoras de Minas Gerais (Sindseg-MG). Há cerca de oito anos, o interior representava perto de 40% do montante.

Na última década, enquanto o número de veículos dobrou na capital, em muitas cidades pequenas, a frota praticamente triplicou. Apesar de a Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea) projetar para 2014 baixa de 10% na produção de veículos no país, o mercado de seguros de automóveis cresceu no estado 10% no primeiro semestre e projeta fechar o ano em Minas com alta de 12% na arrecadação frente a 2013, movimentando perto de R$ 2,8 bilhões. Em ano de desempenho fraco das montadoras, o cliente do interior está ajudando a engordar os resultados do setor, ancorado na alta de preço dos seguros, que encareceram para o consumidor até 15% este ano.

Mirando os centros de menor porte, as companhias ganham agressividade, replicando nas pequenas cidades a estrutura das capitais. “As regiões do interior de Minas já representam entre 50% e 60% dos negócios do setor”, informa Ângelo Garcia, vice-presidente do Sindseg-MG, que também abrange Goiás, Mato Grosso e Distrito Federal.

Enquanto em Belo Horizonte na última década a frota de veículos pouco mais que dobrou, atingindo 1,6 milhões, em Paracatu, no Noroeste de Minas, a conta triplicou no período, chegando a 36,7 mil veículos. Morador do município, o bancário Eduardo Antônio Pimentel, de 40 anos, comprou há dois anos um carro usado e, antes de sair de casa com o automóvel, contratou o seguro. “Além dos bancos, percebo que as maiores seguradoras disputam o mercado de Paracatu. O ruim para o consumidor é que o crescimento da violência encareceu demais o seguro”, observa o bancário. Ele conta que depois de vários orçamentos contratou o seguro por R$ 1,3 mil, cerca de 8% do valor do veículo. “Consegui economizar com a pesquisa R$ 400, mas constatei que paguei mais caro do que se estivesse em Belo Horizonte”, calcula.

De olho nas vendas para além da Grande BH, a seguradora Porto Seguro pretende alcançar dezembro na contramão da indústria. A companhia prevê alta de 40% nos negócios, embalados pelo crescimento das vendas nos municípios menores. Para isso, o gerente da sucursal Minas, Cristiano Maschio, percorre todo o estado à frente da expansão das operações, que até o fim do ano vai somar 100 unidades (postos de serviços) espalhadas no interior. Há dois anos, eram cinco postos e, no mês passado, o número atingiu 70 unidades. Maschio ressalta também o investimento para tornar os serviços mais rápidos. A empresa constatou que a demora pode fazer o consumidor desistir do negócio. “Antes, a vistoria era muitas vezes um entrave. Com as inovações que fizemos no mercado, no mesmo dia, o cliente do interior tem o carro liberado”, diz o executivo, explicando que o seguro vale depois de o veículo passar pelo processo.

ORÇAMENTO PRESSIONADO

Em momento de endividamento recorde das famílias, as despesas com seguros ajudam a deixar o orçamento ainda mais sufocado. Marcelino Francisco dos Santos, de 52, comerciante em Januária, no Norte de Minas, comprou no ano passado um Honda City zero quilômetro, que já saiu da concessionária segurado. “Comprei o seguro do novo carro por R$ 1.650. Além do financiamento, vou pagar prestações do seguro quase o ano inteiro. Se precisar usar o serviço, espero ser bem atendido”, disse o comerciante.

Alexandre Moreira, diretor regional da Liberty Seguros, observa que no primeiro semestre, a expansão da companhia no interior de Minas Gerais foi maior que na Região Metropolitana de Belo Horizonte (RMBH). Segundo ele, o avanço de 37,9% nas vendas nos primeiros seis meses do ano podem ser creditados ao empurrão dos “pequenos.” Enquanto a Grande BH avançou 20%, os resultados de regiões pólo foram ainda mais gordos. “Em Juiz de Fora (Zona da Mata), crescemos 51%; no Sul de Minas, 40%; no Centro-Oeste, quase 30%”, aponta.

O executivo reforça que ações de marketing da seguradora no interior contribuíram para tornar a marca mais conhecida, aproveitando o crescimento do agronegócio e da renda nas pequenas cidades.” 

Na Bradesco Seguros, Almir Ximenes Filho, superindendente-executivo de Auto/RE, informa que o crescimento da companhia está equilibrado entre capital e interior. De janeiro a junho, as vendas de seguros para automóvel da companhia em Minas aumentaram em 38,8% em comparação a igual período de 2013, totalizando R$ 92,8 milhões em prêmios.

ACELERANDO

R$ 30 bilhões
Arrecadação do mercado de seguros de automóveis em 2013
R$ 2,5 bilhões
Participação de Minas Gerais no mercado do país
12%
Percentual que o setor pretende crescer esse ano
15%
Percentual médio de alta do preço do seguro este ano
Fonte: Mercado segurador12%
Percentual que o setor pretende crescer esse ano
15%
Percentual médio de alta do preço do seguro este ano

FONTE:EM.COM.BR
 Mercado segurador

Carlos Barros de Moura,
BDM&A - Barros de Moura EXPERTISE EM SEGUROS