terça-feira, 27 de janeiro de 2015

FAZENDA QUER MERCADO DE SEGUROS MAIS PARRUDO PARA APOIAR A ECONOMIA BRASILEIRA





Levy espera que as seguradoras sejam investidores institucionais mais "parrudos", contribuindo para a "árdua" tarefa do governo de colocar o País nos trilhos.

Há menos de um ano a frente da Superintendência de Seguros Privados (Susep), Roberto Westenberger, tem o desafio, ao ser efetivado no cargo, de modernizar a autarquia e incentivar o desenvolvimento do seguro para que o setor possa ser utilizado como instrumento de auxílio à política macroeconômica. Embora o projeto, batizado de "nova Susep", tenha recebido o apoio da Fazenda, o atual ministro Joaquim Levy cobrou, em troca, uma maior representatividade do setor e que as seguradoras sejam investidores institucionais mais "parrudos", contribuindo para a "árdua" tarefa do governo de colocar o País nos trilhos.

O entendimento, segundo Westenberger, é de que o setor tem baixa penetração frente ao tamanho do Brasil. Hoje, é de cerca de 6% do Produto Interno Bruto (PIB). De janeiro a novembro do ano passado, o faturamento das seguradoras, chamados de prêmios, totalizou R$ 174,4 bilhões, montante 9,76% maior em relação ao visto em igual intervalo de 2013, conforme a consultoria Siscorp com base nos dados da Susep. Os números não consideram os recursos dos planos de saúde regulados pela Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS).

"A produção de prêmios frente ao País é relativamente pequena. Não obstante do aperto de cinto geral na economia, estamos devendo crescimento. Ficamos muito tempo represados com o monopólio de resseguros, mas ainda podemos recuperar o tempo perdido", diz Westenberger, em entrevista ao Broadcast, serviço de notícias em tempo real da Agência Estado, a primeira após ter sido efetivado como superintendente da Susep, na semana passada.

Durante 70 anos, o IRB Brasil Re, privatizado recentemente, teve o monopólio do mercado de resseguros no Brasil. Neste período, o segmento ficou fechado para players interessados e também para o desenvolvimento ou importação de novas coberturas e seguros. Desde a abertura do mercado, em 2008, porém, 123 resseguradoras foram abertas no País. São 16 locais, com reserva de mercado de 40% dos prêmios e capital mínimo de R$ 60 milhões, 35 admitidas, com capital mínimo de R$ 5 milhões, e 72 eventuais, com registro na Susep.

Para 2014, cujos números ainda não foram fechados, ele espera que o mercado de seguros cresça entre 10% e 11%. A mesma performance deve se repetir neste ano apesar da expectativa de um PIB estacionado. O superintende da Susep diz que manter o mesmo patamar de expansão, apesar de ter entregue avanços bem mais polpudos anos atrás, é um feito em meio à situação macroeconômica "restritiva". Garante, contudo, que a Susep vai trabalhar para acelerar a expansão dos prêmios em 2015.

Como lição de casa para desenvolver o mercado de seguros no Brasil, além de todo o investimento tecnologia da informação para automatizar a supervisão e torná-la um trabalho, preferencialmente, eletrônico, há ainda o lançamento de ao menos cinco novos produtos, de acordo com Westenberger, que na semana passada esteve com Levy para discutir as prioridades da Susep. São esperadas novidades na área de vida e previdência, como o universal life e o VGBL saúde, para os fundos de pensão, que convivem com o desafio de aumentarem suas reservas para fazer frente aos riscos de longevidade, e um seguro popular para automóvel.

Outro produto, este menos adiantado, é, conforme o superintendente da Susep, o seguro garantia para obras de infraestrutura licitadas pelo poder público. Trata-se de uma modernização da solução já ofertada no mercado, com a ampliação da cobertura existente, de 5% para 30%. "A garantia existente é pouca para os riscos envolvidos nos projetos e isso gera certo desinteresse das seguradoras em participar de grandes obras licitadas", explica Westenberger.

Nesse processo de transformar a Susep em um regulador mais ágil e confiável, ele descarta, porém, a ampliação do número de servidores. O desafio está, conforme o superintendente da autarquia, em fazer mais com menos. Com um orçamento de pouco menos de R$ 30 milhões para este ano, ainda dependente da sanção do governo, a autarquia procura fontes alternativas de financiamento para tocar o seu projeto de modernização.
Neste momento, negocia empréstimo com o Banco Mundial na linha global que a instituição dispõe para o desenvolvimento de órgãos reguladores. Westenberger não revela, entretanto, valores, já que as conversas ainda estão acontecendo.

"Não estou preocupado com a questão de recursos. Não necessariamente o investimento que faremos, cuja maioria dos recursos será aplicada em TI, virá do orçamento do governo", finaliza o superintendente da Susep.

COMENTÁRIOS:

As ideias e propostas são muito interessantes, mas carecem do fundamental.

Digo isso, porque não há nenhuma menção ao fato de o setor de seguros ser um importante formador de poupança de longo prazo.
Uma vez que administra recursos de seus segurados e investe tais recursos no pagamento de indenizações, títulos públicos e privados.

Como querer que tal formação de poupança a longo prazo prospere se as pessoas físicas ou jurídicas que investem em seguro pagam 7,38% de IOF.

No caso das pessoas físicas, os benefícios fiscais de investimentos em seguros são ridículos. 

CONCLUINDO, NÃO BASTA QUE A FAZENDA QUEIRA  MERCADO DE SEGUROS MAIS PARRUDO PARA APOIAR A ECONOMIA BRASILEIRA, É PRECISO ADMITIR QUE JÁ ESTAMOS NO SÉCULOS XXI!

FONTE: ESTADÃO 26/01/2015

Compilação:
Carlos Barros de Moura
BDM&A - Barros de Moura EXPERTISE EM SEGUROS

quinta-feira, 15 de janeiro de 2015

SEGURO DE CARRO! CHUVAS! ALAGAMENTOS! QUEDA DE ÁRVORES! ATENÇÃO!



Enchentes de verão: saiba o que as seguradoras cobrem e como agir em casos de danos no carro

As fortes chuvas que estão castigando São Paulo e várias outras metrópoles brasileiras neste início de ano têm provocado uma série de transtornos. Queda de energia, árvores derrubadas e transporte público fechado estão entre os problemas mais recorrentes. Além disso, quem usa carro precisa ficar atento a outro perigo: os alagamentos.

E é aí que entra outra parte fundamental, o seguro. O motorista que tiver seu carro danificado em uma enchente só será ressarcido pela seguradora, caso tenha contratado uma cobertura específica no plano, informa a Susep (Superintendência de Seguros Privados). Entenda como funcionam os seguros e como proceder em casos de danos graves
Segundo a Susep, é importantíssimo ler as cláusulas do manual da apólice de seguro, pois é nela que constam todos os detalhes da cobertura contratada para o veículo.

Especialistas recomendam que os consumidores, ao contratarem um seguro, leiam o manual da apólice que as empresas são obrigadas a fornecer com todas as informações sobre aquele seguro. Ali constarão todas as coberturas contratadas pelo segurado (incêndio, roubo, danos a terceiros, colisões, etc.) e as instruções para receber o seguro.

O problema é que os procedimentos relacionados a enchentes variam de acordo com a seguradora, mas a maioria absoluta dos planos comercializados no Brasil inclui a cobertura contra enchentes.

Aqui são vendidos basicamente os planos completos, que incluem cobertura contra colisão, incêndio, roubo e danos da natureza, como enchentes, queda de raio, granizo, vendaval e árvore caída. É a “cobertura compreensiva”.

A superintendência ressalta também que, em caso de acidente, o segurado deve reunir a documentação necessária referente ao ocorrido e entregar à seguradora, que a partir daí tem 30 dias para pagar o seguro — do contrário, poderá ser penalizada pela SUSEP.

Mas o que fazer quando o motorista não contratou o seguro contra enchentes? Esse é o caso de um comerciante de 30 anos, que ficou ilhado com seu carro durante uma chuva de verão no bairro do Itaquera (zona leste de São Paulo), em dezembro de 2014.

Após deixar o carro secando por quatro dias, Ele guinchou o modelo até uma oficina, onde começou o processo de restauração, que incluiu funilaria e higienização. O custou total foi de R$ 5 mil.

Atualmente, o pernambucano — que ganhou status de celebridade instantânea sob a alcunha de “Gato da Enchente” — afirma rodar normalmente com seu Ford Ecosport, comprado usado em 2009.

Porém, ele já adianta que, ao contrário do seu carro atual, vai contratar um seguro para o seu próximo veículo, que espera ser um Honda Civic. Afinal, gato escaldado tem (mais) medo de enchente ao volante.

Por sinal, o problema das enchentes nos grandes centros, como São Paulo, é para lá de antigo.

 O Cesvi Brasil (Centro de Experimentação e Segurança Viária) elaborou um guia com recomendações para os motoristas preservarem o veículo. Confira a seguir as dez dicas de como atravessar uma enchente com segurança.

1. Se o motor do carro morrer durante a travessia, jamais tente dar a partida. Mantenha-o desligado e remova o veículo até uma oficina. Diante da possibilidade de admissão de água, essa prática reduz o risco de danos causados ao motor por um possível calço hidráulico.

2. Observe a altura do nível de água do trecho alagado. A maioria das fabricantes de veículos estabelece uma altura máxima para essas travessias e essa distância normalmente não pode exceder o
centro da roda.

3. Dirija o veículo em baixa velocidade, mantendo uma rotação maior e constante ao motor, em torno de 2.500 rpm. Isso diminui a variação do nível da água e seu respingar junto ao motor, dificultando sua admissão indevida e a contaminação de componentes eletroeletrônicos, e melhora a aderência e a dirigibilidade do veículo na travessia.

4. Veículos equipados com transmissão automática devem ser colocados na posição de trocas manuais (se houver). Assim, o automóvel não desenvolverá tanta velocidade, sendo possível imprimir uma rotação maior ao motor. Outra possibilidade é alternar, manualmente, a troca de marchas entre “N” (neutro) e “D” ou “1”, de modo a manter a velocidade baixa durante o trecho alagado, sem descuidar da rotação do motor, sempre em torno de 2.500 giros.

5. Se o veículo for automático e tiver as opções “Winter” ou “Snow” para ajuste de tração, utilize esses recursos. Embora tenham função de conferir maior segurança em trechos de baixa aderência (como neve ou lama), as duas funções (sinalizadas na maioria dos casos pelo símbolo de neve) evitam que o veículo patine graças ao bloqueio do diferencial. Por isso, devem ser utilizados em alagamentos, pois beneficiam o controle da aceleração.

6. Mantenha o menor número possível de equipamentos ligados e fique calmo caso sejam constatados os seguintes sintomas: aumento de esforço ao esterçar (direção hidráulica), variação na luminosidade das luzes do painel de instrumentos, alertas sonoros, flutuação dos ponteiros, luzes de anomalia da injeção eletrônica, da bateria e do ABS (se disponível) acesas, aumento do esforço ao acionar os freios e interrupção do funcionamento da tração 4X4.
Todos esses sintomas provavelmente são causados pela perda de aderência entre a correia auxiliar e as polias da bomba da direção hidráulica, alternador e bomba de vácuo (veículo diesel), sendo, na maioria das vezes, um fato passageiro que não impede adirigibilidade. Nestes casos, reforce a cautela e desligue periféricos como o som.


7. Desligue imediatamente o ar-condicionado. Essa prática impede que alguns componentes joguem água na tomada de ar do motor, reduzindo o risco de calço hidráulico. Veículos rebaixados e turbinados, na maioria das vezes, apresentam maiores riscos de sofrer calço hidráulico. Por isso, é aconselhável manter a originalidade da montadora. Se o veículo estiver modificado, redobre a atenção aos procedimentos sugeridos.

8. Faça um checkup preventivo caso tenha feito a travessia de um grande alagamento. Assim corrigem-se possíveis alterações do sistema de injeção eletrônica — muitas vezes simples e imperceptíveis — que podem gerar grandes transtornos posteriormente.

9. Após passar por um alagamento, dirija-se diretamente para uma oficina. Pode haver, entre outros, a contaminação do cânister, do óleo da transmissão, do(s) eixo(s) diferencial(is), no caso de veículos com tração traseira ou mesmo quatro por quatro, o que determina a redução da vida útil dos componentes integrantes desses conjuntos, além de riscos acentuados de falhas na embreagem, suspensão e freios. Por isso, ir até uma oficina solicitar a avaliação desses itens é a melhor alternativa.

10. Faça uma limpeza no sistema de ventilação. Após travessias consecutivas de alagamentos, você estará sujeito à contaminação por fungos, micro-organismos e bactérias. Por essa razão é recomendável realizar uma limpeza de todo o sistema para uma utilização segura.

Compilação:
Carlos Barros de Moura,
BDM&A - Barros de Moura EXPERTISE EM SEGUROS



quinta-feira, 8 de janeiro de 2015

PRECAUÇÕES CONTRA ROUBO OU FURTO DE VEÍCULOS




Você guarda documentos no carro?  Cola adesivos que exponham informações pessoais que facilitam a ação dos ladrões?

Cada ano que passa, o índice de roubos e furtos de automóveis aumenta em todo o país. Segundo dados da Confederação Nacional das Empresas de Seguros Gerais, Previdência Privada e Vida, Saúde Suplementar e Capitalização (CNseg), 266 mil veículos foram roubados ou furtados no Brasil no primeiro semestre de2014, sendo 39% a mais que no mesmo período de 2013.

Algumas medidas de precaução podem ter um efeito mais eficaz, com intuito de inibir a ação dos ladrões.
Saiba que o condutor do veículo precisa estar atento para não dar brechas aos criminosos.

Conduzir um veículo requer atenção redobrada não só no trânsito, mas também ao estacionar em um determinado local. Para evitar roubos ou furtos, é fundamental estar sempre em alerta para não dar brecha aos criminosos. Algumas medidas evitam o sinistro e aumentam a segurança do motorista.

Veja 10 ações ou medidas preventivas que podem facilitar o seu cotidiano:

1) Use o bom senso ao escolher um local para estacionar. Deixar o carro em um estacionamento fechado é a melhor alternativa. Quando precisar parar o carro na rua, evite locais desertos e de fraca iluminação.

2) Não deixe nada dentro do carro. Qualquer objeto pode ser confundido com um item de valor e atrair a atenção do ladrão. Crie o hábito de guardar compras no porta-malas.

3) Não cole adesivos que exponham informações pessoais. Um adesivo que mostra que o proprietário estuda na faculdade mais cara da cidade, pode atrair o ladrão. Informações sobre time de futebol pode levar a algum torcedor fanático a danificar o veículo.

4) Não guarde documentos no carro. Boletos bancários, cartões e correspondências podem ser usados para acessar sua conta ou planejar um roubo à sua casa. Documentos do carro facilitam a venda e o uso dos veículos pelos ladrões.

5) Certifique-se de que o carro foi trancado. Essa ação continua sendo um dos principais equívocos cometidos por motoristas. Mesmo que faça uma parada rápida, é fundamental manter o carro trancado.

6) Utilize dispositivos de segurança visíveis. Correntes de direção, chaves interruptoras e trancas de direção são alguns dos dispositivos que podem desencorajar a ação do ladrão.

7) Utilize equipamentos modernos de segurança. Bloqueadores, rastreadores e localizadores são recursos mais eficazes na prevenção a furtos e roubos.

8) Evite dizer a manobristas flanelinhas quanto tempo você vai demorar até retornar. O ideal é sempre dizer que já volta. Se o objetivo for furtar o carro, o ladrão pode desistir ao saber que não terá tempo para agir com tranquilidade.

9) Evite deixar a chave com lavadores e vigias de estacionamento. Eles podem rapidamente fazer a cópia da chave, sem chances do proprietário perceber.

10) Se for transitar por locais conhecidos, planeje seu itinerário. Antes de ir a um local que nunca foi antes, pesquise qual trajeto será feito, mesmo se for guiado por um GPS. Caminhos desconhecidos podem levar o condutor a locais perigosos, reduzir a velocidade e ficar menos atento a uma eventual investida dos ladrões.
 
SUCESSO!
 
Compilação:
Carlos Barros de Moura,
BDM&A - Barros de Moura EXPERTISE EM SEGUROS